UOL Entretenimento Cinema
 

Ficha completa do filme

Comédia

Irma la Douce (1963)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 15/04/2008
Nota 1

Em 1963, quando ainda existia o Código Hayes que regulamentava a produção e auto-censura dos estúdios, era uma ousadia fazer um filme sobre uma prostituta e seu cafetão. Até quando realizado pelo mestre Wilder, habituado a quebrar tabus.

Originalmente, era uma peça de Alexandre Beffort, com música de Marguerite Monoud. Mas Wilder e seu habitual parceiro, I. A. Diamond, tiveram a ousadia de cortar todas as canções, deixando as melodias arranjadas por André Previn apenas como fundo musical. Previn ganhou o Oscar de arranjos musicais. O filme também ganhou indicações de melhor atriz, para Shirley MacLaine e de fotografia para Joseph LaShelle.

O projeto inicial era para ser com Marilyn Monroe (que morreu antes) ou Elizabeth Taylor(que estava no auge do romance com Richard Burton) e com o grande Charles Laughton como Moustache (ele estava muito doente e o papel foi reduzido).

Não é das obras-primas do diretor. Um pouco arrastado e longo, com momentos mortos, elenco de apoio duvidoso, o humor ficando num meio termo. O charme do filme recai sobre a dupla central. Mas ainda esta acima da média. Estréia no cinema de James Caan.

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema [resenha-data-cadastro]
Nota 1

Em 1963, quando ainda existia Código de Produção e auto-censura dos estúdios, era uma ousadia fazer um filme sobre uma prostituta e seu cafetão - mesmo quando realizado pelo mestre Wilder, habituado a quebrar tabus e com a mesma dupla de atores do sucesso "Se meu Apartamento Falasse". Originalmente era uma peça de Alexandre Beffort com música de Marguerite Monoud, montada nos EUA em 60, mas Wilder e seu habitual parceiro I. A. Diamond tiveram a ousadia de cortar todas as canções, deixando as melodias apenas como fundo musical arranjados por André Previn, que, por sinal, ganhou o Oscar de arranjos musicais. O filme também foi indicado por melhor atriz (Shirley) e fotografia.

O projeto inicial era para ser como Marilyn Monroe (que morreu antes) ou Elizabeth Taylor (que estava no auge do romance com Burton e, portanto, criando problemas) e com o grande Charles Laughton como Moustache (ele estava muito doente e o papel foi reduzido). Toda a ação se passa no bairro parisiense de Lês Halles, que era o grande mercado local e que logo iria ser totalmente demolido (hoje em dia é um enorme parque e centro cultural, Georges Pompidou). Fora algumas externas, tudo foi reconstruído em estúdio.

Não é das obras-primas do diretor. Um pouco arrastado e longo, com momentos mortos, elenco de apoio duvidoso, o humor ficando num meio-termo (a ousadia não pode ir muito longe e acaba tornando tudo meio conto de fadas, com o eterno clichê da prostituta do coração de ouro). O charme do filme recai muito em cima da dupla central, que já teve melhores momentos. Mas ainda está acima da média. Estréia no cinema de James Caan.

Compartilhe:

    Siga UOL Cinema

    Sites e Revistas

    Arquivo