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Ficha completa do filme

Drama,Musical

Samba (1965)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2006
Nota 2

Este é dos piores filmes de Sarita, único que filmou no Brasil, onde era muito popular. Começa no Teatro Municipal do Rio, onde ela canta "Não, eu não posso pensar que te amei", ou seja, caminhemos. Dali só piora (a cópia lavada, escura mas tolerável).

Mas o filme é ridículo, com Sara já na curva descendente. Logo depois é vitima de atentado (no filme) e só então entram melodramaticamente os letreiros. Toda a equipe é européia, o que pode explicar a total falta de verossimilhança da trama e situações (embora as imagens do velho Rio sejam hoje nostálgicas, mesmo borradas).

Sara naturalmente é velha demais para o papel de costureira que vira protagonista de uma Escola de Samba (o que é isso?). Um dramalhão com momentos turísticos, onde ela mora numa casa da favela, tem avó velha e mulata e canta ainda "Sábado em Copacabana" (feita em estúdio, fingindo que é o morro da Urca), "A Noite do Meu Bem" (na praia fazendo entrega à Iemanjá), "Aquarela do Brasil", "Bahia" (ambos de Ary Barroso), "Xica da Silva", "Ninguém me Ama" e a espanhola "Fantasia".

O galã também absurdo é o francês Michel de "Os Guarda-Chuvas do Amor". Fala ainda de um fatalismo, escrito nas estrelas, que é coisa de espanhol e não brasileiro. Mas com a dose de folclore (mostrando devoção a Iemanjá e uma estranha reencarnação de Xica da Silva, ou seja, uma besteira). Todos os brasileiros são dublados em espanhol. O clímax é um baile à fantasia como se estivessem numa corte de Luis XV.

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