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Ficha completa do filme

Suspense

No Calor da Noite (1967)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2001
Nota 4

É preciso situar em sua época, em plena luta pelos direitos civis, quando ainda era corajoso, ousado e polêmico criticar o racismo e defender os negros para entender o sucesso deste filme, que foi vencedor de cinco Oscars, incluindo o de melhor filme, além de ator para Steiger, roteiro (Stirling Silliphant), montagem (o futuro diretor Hal Ashby, muito elogiado no comentário por seu trabalho), som. Não ganhou o diretor Jewison (que perdeu para Mike Nichols por "A Primeira Noite de um Homem", décadas depois ele levaria um Oscar especial da Academia).

Na verdade, os prêmios estavam errados, Steiger foi por consolação (ele merecia era por "O Homem do Prego", 65), merecia mais Poitier (que já tinha ganho em 61 por "Uma Voz nas Sombras"). Também a trilha musical de Quincy Jones é marcante, assim como a excelente fotografia de Haxwell Wexler.

A fita deu origem depois a uma série de TV com Carroll O'Connor (de 88 a 90). Ela revela os sinais de sua época, na fotografia (com o uso pioneiro da lente zoom, que muda o foco em meio a uma tomada) e em certos confrontos. Mas ainda é bem dirigida e eficiente, desde a chegada do policial (que por ser negro é imediatamente preso) até a frase famosa de Poitier ("They call me Mr. Tibbs", aliás ele voltaria a representar o mesmo personagem em duas fitas inferiores depois, "Noite sem Fim/They Call me Mr. Tibbs", 70, e "A Organização/The Organization", 71).

Steiger, como de hábito, super-representa, mas tem uma presença marcante. Música-tema homônima de Quincy Jones, interpretada por Ray Charles.

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