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Ficha completa do filme

Terror

A Condessa Drácula (1971)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2005
Nota 3

A produtora inglesa Hammer era especializada em filmes de terror gótico temperados com doses generosas de erotismo. Nada mais natural, portanto, que adaptarem a história real da condessa húngara Erzsebet Bathory, acusada no século XVII de banhar-se no sangue de mais de 600 virgens assassinadas, obcecada pela idéia de que isso a manteria jovem e bonita.

Tal idéia gerou uma das mais eficazes combinações de horror e sensualidade do estúdio, que não tem nada a ver com a história de Drácula como o título sugere, e que lembra muito um conto de fadas sinistro e violento (e com o subtexto ainda mais perturbador do ciúme da mãe envelhecida pela beleza e juventude da filha).

Claro que boa parte do erotismo deve-se a estrela, a bela loira polonesa Ingrid Pitt, cuja pequena carreira, quase toda na Hammer (ela fez antes até figuração em "Doutor Jivago" e em "Falstaff", de Orson Welles), lhe valeu uma posição de musa do gênero e um culto que se estende até hoje.

Ela foi dublada no filme contra sua vontade. Os fãs brincam que ela era uma das mais limpas estrelas do cinema, pois em quase todos os seus filmes aparece tomando banho. Vale conhecer. Edição de banca traz cópia excelente.

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