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Ficha completa do filme

Terror

O Circo dos Vampiros (1972)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2005
Nota 1

No começo da década de 70, já no final do ciclo dos filmes de vampiros da produtora inglesa Hammer, responsável pelo renascimento do gênero com "O Vampiro da Noite" ("Dracula", 1958), a ordem era tentar inovar, agregando elementos diferentes e que tivessem apelo para o público de então.

Essa ânsia de modernizar os naturalmente góticos vampiros chegaria ao ridículo de levar Drácula para a Swinging London e de incluir artes marciais nos enredos. Este "O Circo dos Vampiros" (exibido no Brasil nos cinemas como "O Vampiro e a Cigana") fica no meio termo entre o conservadorismo e a busca por novidades.

A história se passa em um típico ambiente do gênero e inclui os castelos e catacumbas de hábito, complementados por um circo itinerante que apresenta um espetáculo inusitado, naturalmente temperado com o erotismo do estúdio. Infelizmente a boa idéia não é tão bem utilizada quanto poderia e explora mal os personagens, com um roteiro pobre e produção evidentemente barata e abaixo do nível habitual da Hammer.

Também não há nenhum paralelo com um possível filme inspirador, "Monstros" ("Freaks", 1932), de Tod Browning. Mas a violência explícita, a nudez e o clima característicos do estúdio estão presentes e divertirão os fãs. O homem-forte é feito (muito mal, aliás) por David Prowse, mais tarde responsável pelo corpo de Darth Vader em "Star War" (a voz era feita pelo grande ator James Earl Jones).

Adrienne Corri, que faz a cigana (e que não chegou a se tornar musa do gênero como outras estrelinhas da Hammer) havia aparecido pouco antes em "Laranja Mecânica" ("A Clockwork Orange", 1971), como a moça que é estuprada por Malcolm McDowell na frente do marido. Cópia mediana (no widescreen original), aparentemente tirada de Laserdisc.

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