O Guarda-Costas (1974)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2006

Nota 2

Lambert destruiu sua carreira optando por fazer fitinhas B e C, que foram acabando com seu pouco prestígio. Agora que está envelhecido e não melhorou como ator, não consegue segurar nem mesmo esta modesta aventura policial, onde com sua cara de nada, faz uma história um pouco mais ambiciosa com Hopper de vilão corrupto mas humano, que tem problemas com a filha (feita por Diane Kruger, antes de virar estrela como "Helena em Tróia", 2004). Na parte final, o filme fica mais estranho indo para a África do Sul e concluindo obliquamente.

Rubens Ewald Filho

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Nota 2

Fita menor do astro da ação Sonny Chiba, dirigida por um veterano da exploitation, que se no original já não era grande coisa, se tornou algo bizarro nas mãos dos distribuidores americanos.

Uma tal Nippon-American Productions contratou um certo Simon Nutchtern para americanizar o filme, resultando várias alterações (há um prólogo que pouco acrescenta à história, com campeões de karatê da época e uma dublagem que altera o personagem de Chiba, dando a impressão que o ator interpreta a si mesmo na trama) que deixam o filme confuso.

No mais é uma fita de ação regular, com aquela irritante câmera tremida da época (que fica bem pior em tela cheia), que Chiba acaba carregando nas costas graças a seu carisma, já que tem poucas oportunidades de mostrar suas habilidades.

Deve interessar aos fãs do astro, mas não é uma boa apresentação para os curiosos que o conheceram em "Kill Bill". Por falar no filme de Tarantino, os letreiros que abrem esta versão americana de "O Guarda-Costas" inspiraram o diretor a realizar o famoso monólogo de Samuel L. Jackson em "Pulp Fiction" (Ezequiel 25:17).