Curiosa adaptação do livro póstumo do grande Ernest Hemingway, que tem muito de autobiográfico na história e no ambiente (Hemingway viveu anos em Cuba e nas Keys da Florida). Na verdade, são várias histórias que demonstram seus problemas de comunicação com os filhos e principalmente seu comportamento dúbio durante a Segunda Guerra Mundial (quando nada fez de importante).
Então muita gente vê o filme como uma justificativa ou fantasia do que ele poderia ter feito. Ou seja, é um alter-ego, machão, anglófilo, bebe demais e é péssimo em relações humanas, com toques de "O Velho e o Mar" (o livro mais famoso do autor).
O filme reuniu novamente Scott com seu diretor de "Patton" (que lhe deu um Oscar que ele recusou) mas o diretor já estava ficando fora de forma. Episódico e lento, ainda que bonito, o filme foi indicado para o Oscar de Melhor Fotografia e Roteiro Adaptado no Sindicato dos Roteiristas.
Tem uma famosa trilha de Jerry Goldsmith, que virou cult depois. Hart Bochner que faz um dos filhos do herói, depois virou ator adulto e também diretor.