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Ficha completa do filme

Terror

Nosferatu, o Vampiro da Noite (1979)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2005
Nota 1

O diretor alemão Herzog quis fazer como homenagem uma refilmagem literal e fiel do clássico do cinema mudo alemão de Murnau (que não pôde usar o nome Drácula, mudando-o para Nosferatu). Somente os que viram o original serão capazes de curtir integralmente esta versão, altamente estilizada e que tem muitos admiradores.

Talvez tenha perdido um pouco do impacto diante de tantas refilmagens, mas ainda é um dos mais fiéis ao livro de Bram Stoker, restaurando quase todos os nomes e fornecendo um papel estrelar para o ator preferido do diretor, Klaus Kinski, com quem mantinha uma relação de amor e ódio (e é até difícil julgar o virtuosismo da atuação, visto que ele era tão estranho quanto o vampiro na vida real).

É um filme até despojado, filmado em locações em vários lugares da Europa, com muito clima (as arrepiantes múmias que aparecem nos créditos iniciais foram filmadas em um vilarejo do México). Há uns anacronismos (pontes e estruturas que parecem modernas) que não chegam a atrapalhar.

Também tem excelente trilha musical do grupo alemão Popol Vuh, que é lembrado hoje quase que somente por seu trabalho com o diretor. Ganhou Urso de Prata no Festival de Berlim. A bela Isabelle, então no auge da carreira, faz um papel pequeno e não especialmente memorável, mas com visual perfeito.

É no mínimo um filme bastante curioso, mas os fãs de terror e do personagem devem gostar muito. Existe também uma versão com o mesmo elenco e os diálogos em inglês, que foi filmada simultaneamente.

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