O mais premiado filme de Truffaut (1932-84). Indicado ao Oscar e Globo de Ouro de Filme de Língua Estrangeira, ganhou os Césars de Melhor Filme, Diretor, Ator, Atriz, Fotografia (Nestor Almendros), Montagem, Música, Desenho de Produção, Som, Roteiro.
Não é, porém, o melhor filme dele. A premiação exagerada talvez tenha a ver com o fato de descobrirem a doença que o mataria (câncer), ou simplesmente de que era hora de homenageá-lo (Truffaut era considerado por muita gente arrogante e briguento).
Tampouco é o melhor momento de Deneuve (que faz a dona do teatro, casada com o judeu fugitivo) ou Depardieu (que se envolve suspeitosamente com a companhia). Mas o fato é que Truffaut não ama o teatro tanto quanto amava o cinema e não consegue fazer uma fita tão tocante e brilhante quanto "A Noite Americana". É uma boa produção da Gaumont, numa cópia apenas razoável.