UOL Entretenimento Cinema
 

Ficha completa do filme

Romance

Lili Marlene (1981)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2006
Nota 1

Edição restaurada em cópia e metragem (tem cinco minutos a mais do que a versão que passou nos cinemas, porque o produtor mexeu no filme em segredo).

Todo realizado em amarelo e azul, este foi o único trabalho de encomenda do diretor Fassbinder (que morreu de overdose em 1982, aos 45 anos. Aliás ele faz uma ponta no filme, como um líder do submundo da época). Também sua única super-produção.

Acontece que Hanna tinha ficado famosa nos EUA e em todo mundo com o sucesso de Maria Braun e o produtor Waldleitner a contratou para estrelar este projeto comercial. Foi ela quem trouxe Fassbinder, que se comportou muito bem, concluindo o filme antes do prazo (ele queria Richard Gere e Michael Douglas, no papel que ficou para o italiano Giannini, então prestigiado pelo sucesso de seus filmes com Lina Wertmuller).

Na verdade, a realização é muito engenhosa, dando à história um tom artificial de fantasia (não há qualquer relação com a realidade, já que a canção que a inspirou tornou-se famosa com Marlene Dietrich e teve o mérito de ser a única cantada durante a Segunda Guerra pelos dois lados, aliado e nazista).

Foi feita para valorizar Schygulla, que é fraca como cantora, pesada como dançarina e discutível como beleza. Fica melhor em papéis característicos.

Rodado originalmente em inglês (mas esta versão é no alemão com que estreou), o filme utiliza também cenas de ação e guerra emprestadas a outra fita ("Cruz de Ferro"/ "Steiner, Das Eiserner Krauz", de Sam Peckinpah).

Não tem nada a ver com um filme inglês homônimo de 1950, que contava outra história. Também não é um grande filme e na obra do cinema é uma obra menor, mas é valorizada pela ótima edição.

Compartilhe:

    Siga UOL Cinema

    Sites e Revistas

    Arquivo