Terceiro e último filme da dupla de diretores (que se separaram). Inspirado em história de Clarice Lispector, foi muito premiado em sua estréia. Mas resistiu mal ao tempo. Carla é realmente uma figura encantadora, sincera, marcante. Cristina se esforça, mas não consegue repetir o clima de "Persona" de Bergman. Até porque o tom é outro.
O figurino vai dando um clima de estranheza (que deveria ser explicado pelo final dito inesperado), que é confirmado por detalhes esquisitos (os dois diretores fazem pontas, Ícaro como o pai do filho de Carla, Zé Antonio surge logo a seguir numa paquera gay, Cyda canta em show junto com Arrigo, a atriz feita por Selma é caricaturalmente lésbica e assim por diante).
Vale uma conferida ao menos. A cópia é de boa qualidade. Mas é chato ver um filme sobre dublagem muito mal dublado.