Orquídea Selvagem (1990)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2002

Nota 2

Este é um daqueles filmes ruins que são irresistíveis. Como perder Rourke de cara nova (ele fez operação plástica, colocando silicone nas bochechas, ficando com a cara de travesti. E ainda por cima depois disso virou boxeador e gay), numa paisagem que mistura Rio e Bahia sem cerimônia, num erotismo soft-core que imita descaradamente "Nove e meia Semanas de Amor" (o diretor King foi roteirista deste).

A trama é fraca, ainda que fotografada como comercial de televisão. A modelo Carré era estreante e teve depois um longo e conturbado relacionamento com Rourke. Jacqueline é uma figura secundária como a chefe da heroína. Há muita nudez e uma única sequência mais forte de transa no final.

Embora ofensivo aos brasileiros, a fita é desfrutável e fez sucesso por aqui (chegou a ter continuação). O dançarino Carlinhos de Jesus faz uma ponta no filme.