Todos os filmes do russo Sokurov são basicamente esquisitos, com imagens enevoadas e narrativa muito lenta. Este foi apresentado logo depois de sua consagração internacional com o igualmente estranho "Mãe e Filho". Acho discutível qualquer filme que tenta humanizar a figura de Hitler. Mas este é tão lento e aborrecido que resulta inócuo.
Até que começa de forma curiosa, com Eva acordando desnuda e desfilando pela mansão (a cenografia é interessante, nos deixando com vontade de ver melhor o que teria sido de fato o lugar). Mas pouco acontece de interessante, nem mesmo a figura de Hitler chega a ser especialmente criticada. O diretor faria outros filmes sobre figuras históricas, até porque este ganhou um absurdo prêmio de Roteiro, em Cannes.