Depois do sucesso de "O Filho da Noiva", chega este filme anterior do mesmo diretor e ator (e que já tinha passado no Festival de Gramado, onde ganhou apenas um prêmio de Ator Coadjuvante para Ulisses Dumont). É impressionante o talento do diretor em criar personagens e situações humanas e verdadeiras de fatos corriqueiros e vidas banais.
Darin é um eficiente protagonista, passando por vários eventos, sem perceber seu amor verdadeiro e finalmente acabando corrompido (é uma cena marcante quando ele propõe suborno a um diretor de teatro para fazer uma crítica favorável a um espetáculo).
Tudo é pintado com muita sensibilidade (principalmente o ambiente de amigos jornalistas de uma revista que enfrentam diferentes problemas, inclusive um jovem editor feito por Rodrigo de la Serna, muitos anos antes de "Diários de Motocicleta"). Embora não tenha o mesmo impacto do filme anterior, é bonito e tocante (lembra um pouco fitas italianas como Nós que nos Amávamos Tanto, de Scola).