O Pântano (2001)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2005

Nota 3

Inventaram que essa diretora é uma nova criadora do cinema latino. Mas parece invenção. É verdade que ela tem um olhar pessoal, que faz enquadramentos e marcações originais e diferentes. Mas ainda assim parece ser incapaz de contar uma história direito, se perdendo em tramas confusas e sem ação. Isso ficaria mais claro no filme seguinte e inferior, "A Menina Santa" ("La Niña Santa", 2004).

O filme foi muito premiado na Argentina e Cuba, inclusive pela atriz central que faz a avó, Graciela, que quando jovem foi estrela das fitas de Torre Nilsson. O título nacional não tem muito a ver, já que se refere à piscina e não a um pântano.

Lenta e sem ação, difícil de seguir, o filme procura ser anti-dramático e não permite torcer pelos personagens (há uma ligeira indicação incestuosa não levada adiante). Deve decepcionar os fãs do cinema argentino atual. A capinha comete um erro: diz que o filme foi vencedor do Festival de Berlim como obra-prima, na verdade ele ganhou o prêmio de fita de estreante chamada de Ópera Prima.