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Onze Homens e um Segredo (2001) (2001)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2002
Nota 4

Um grupo de amigos resolve rodar um filme em Las Vegas. Chama a sua turma, se hospeda num grande hotel, trabalha com o diretor da moda e pronto. Tem uma fita de sucesso. Fácil, né? Basicamente é o que sucedeu com este projeto do ator George Clooney que chamou os amigos Julia Roberts, Brad Pitt, Andy Garcia, Matt Damon e outros menos votados para participarem da refilmagem de "Onze Homens e um Segredo", uma fita de 1960 de Frank Sinatra.

Não era um grande filme mas tinha uma trama curiosa (aqui, mais modestos, eles assaltam apenas uma caixa forte onde ficaria o dinheiro de três deles. Isso não ficou provado, parece que é hipótese). O diferencial é que a turma é formada por superstars e o diretor havia acabado de ganhar um Oscar (Steven Soderbergh, de "Erin Brocovich" e "Traffic"). O roteiro também foi muito modificado.

Os atores que compõem a turma dos onze envolvidos no assalto inclui ainda um veterano aposentado (esplendidamente feito pelo comediante e diretor Carl Reiner, pai de Bob, que se esperava tivesse uma indicação ao Oscar de Coadjuvante por sua participação com o ovelho que tem função fundamental no plano). Outro conhecido é Elliot Gould, que faz o ex-dono do cassino, que financia o plano também por vingança. O filme padece de uma pequena falha que é o fato de que Clooney não domina a trama, como deveria (e como Sinatra fazia com naturalidade), não tem a ascendência sobre o grupo e a fita acaba padecendo de uma ausência de fulcro central. Mas não é grave.

Se Julia Roberts tem pouco a fazer (e não está especialmente bonita), Brad Pitt como o parceiro central tem boas piadas e parece bem à vontade (uma boa sacada é o começo quando ele está ensinando pôquer para alguns jovens atores de Hollywood - entre eles Joshua Jackson - como pesquisa para personagem). Só mesmo Andy é que está duro, não sabe fazer direito um vilão. Enfim a fita é divertida, bem feita, competente artesanalmente, mas nada de notável ou fora do comum. Carece de um final mais forte. Ou seja, uma boa diversão apenas. Sem tirar nem por.

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