UOL Entretenimento Cinema
 

Ficha completa do filme

Ficção Científica

A Máquina do Tempo (2002) (2002)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2003
Nota 1
A Máquina do Tempo (2002)

Muita gente não gostou de "A Máquina do Tempo", que acabou sendo uma decepção de bilheteria. Mas eu estou com a minoria. Achei uma fita de ficção científica/fantasia divertida, movimentada, leve, acessível a crianças, fiel ao livro original e também à primeira versão. Ou seja, um passatempo adequado. Não mais, nem menos.

O filme é curioso por ter sido realizado por Simon Wells, que vem a ser bisneto do escritor H. G. Wells, que escreveu o livro original (e foi também precursor do gênero de ficção científica em obras como "A Guerra dos Mundos", que rendeu outro filme famoso). Simon já havia dirigido antes, mas apenas fitas de animação (como "Príncipe do Egito", "Balto", "Fievel vai para o Oeste"). Durante as filmagens, ele teve uma crise de estresse e chegou a ser substituído na parte final da produção (isso pode explicar por que o filme cai na segunda parte, em particular como direção de arte e em certos detalhes com os monstros que são discutíveis, assim como na própria figura do vilão interpretado por Irons). Ainda assim, foi Wells quem concluiu e assinou a fita.

Há também em DVD a versão cult de 1960, dirigida por George Pal e que tem as mesmas idéias básicas. Alan Young, daquela fita, aqui faz pontinha, agora como o dono da loja de flores.

Mas esta nova máquina segue as mesmas linhas gerais. Só que dá uma motivação mais forte e clara para o inventor se esforçar tanto para criar essa máquina. Ele se chama Professor Alexander Hartdegen (feito pelo australiano Guy Pearce, de "Amnésia", sempre excessivamente magro) e vive em Nova York na virada do outro século, onde está para se declarar e casar com uma garota, Emma (Sienna Gillory), quando ela é morta por um ladrão (quando ele reage, assim acaba sendo indiretamente culpado pela morte). Sua luta, então, é tentar voltar ao passado para salvá-la. Quando não consegue, procura entender por que não é possível modificar o passado (mas uma das razoes porque eu gosto da fita é que ela tem uma mensagem, quer dizer alguma coisa, mostra ao menos que é possível se modificar o futuro).

A máquina tem uma concepção artística bem interessante (aliás o filme todo tem uma direção de arte inspirada, em particular, na criação das casas das tribos no despenhadeiro e depois no campo de areia). É seguindo a idéia do autor que o filme faz o herói viajar 800 mil anos no futuro, passando por várias catástrofes na humanidade (explosões na Lua provocarão sua destruição parcial, que afetará a Terra, uma idéia da adaptação que também inclui um chefe chamado Uber Morlock, feito por Jeremy Irons, que tem a missão de sintetizar as idéias/mensagens da fita).

Logicamente, para curtir uma fita dessas, é bom gostar do gênero e não esperar nenhuma obra-prima. É apenas uma fantasia para fazer a gente "viajar" no tempo e na imaginação.

Compartilhe:

    Siga UOL Cinema

    Sites e Revistas

    Arquivo