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Ficha completa do filme

Drama

Deixe-me Viver! (2002)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2004
Nota 1

O injusto fracasso de bilheteria e crítica deste filme é uma razão a mais para elogiá-lo e promovê-lo. Falaram muito sobre a interpretação do elenco, inclusive achando que seria indicado para o Oscar. Isso não aconteceu, mas tinham razão: o elenco está magnífico, em particular Robin Wright Penn como uma mãe adotiva religiosa e piranha (é uma ótima atriz que estranhamente nunca marca em seus personagens e ninguém guarda o nome ou o rosto) e Renée Zelwegger, como outra mãe adotiva, frágil e insegura.

Gosto particularmente de Michelle Pfeiffer que, mesmo quarentona, continua linda e excelente atriz. Seu personagem de mãe poderosa, cruel, fria e controladora é dos melhores que ela já fez.

Baseado em livro best-seller, é endereçado ao público feminino, o filme (o nome se refere a uma flor, tipo orquídea que é venenosa e com quem Michelle mata o amante que a traiu e por isso vai presa). Mas todo o filme é em cima de uma jovem atriz, chamada Alison Lohman, de 23 anos, que aparenta ter muito menos (ela fez antes outros filmes mas nada de importante). Lembra um pouco a jovem Tuesday Weld e tem o mesmo talento. É charmosa, versátil, humana, uma futura estrela que acaba de nascer. O personagem é difícil. Uma garota que vive com a mãe escultora e artista que vai para a cadeia quando mata o amante.

Obrigada a ficar em casas adotivas, em uma ela leva um tiro, conhece o amor (uma cena discreta demais, mas mostra o talento de Cole Hauser, filho de Wings Hauser, como o sedutor), noutra fica amiga da frágil esposa (não devo contar mais) e numa terceira vira meio hippie. Sem esquecer as temporadas que passa sob a proteção do governo e onde encontra outro adolescente sem problemas, feito por Patrick Fugit ("Quase Famosos").

Realizado por Peter Kosminsky, o filme fica num meio termo, certas cenas que poderiam ser fortes e marcantes, passam batido. Outras não tem maior sensibilidade. Mas é muito bem interpretado e revela um nome para não esquecer: Alison.

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