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Laurel Canyon - A Rua das Tentações (2002)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2004
Nota 1
Laurel Canyon - A Rua das Tentações

Este modesto filme chegou com certo atraso ao Brasil, mas teve boa repercussão da crítica americana porque eles gostam da diretora Lisa Cholodenko que fez um famoso filme lésbico "High Art" (1998) com Patrícia Clarkson e Ally Sheedy. Mas ela já cai em território menos controvertido nesta fita, apenas curiosa por seu charmoso elenco, todos eles já fizeram ou vão fazer coisas mais importantes.

Como Christian Bale que tem feito uma carreira curiosa de ator infantil, de Spielberg ("Império do Sol") para o novo "Batman". Aqui ele é um psiquiatra recém-formado, pretensioso e travado, que vem com sua noiva (Kate Beckinsale, de "Pearl Harbor") passar uns tempos na casa de sua mãe, uma mansão que fica no bairro de Los Angeles, chamado Laurel Canyon (uma espécie de bairro de artistas de todos os tipos).

Só que ela (a sempre ótima Frances McDormand) é uma produtora de discos - inspirada em Joni Mitchell - que naquele momento está tendo um caso com o jovem roqueiro que é hospede de sua casa (Alessandro Nivola). E como se ainda estivéssemos no fim, dos anos 60, começo dos 70, em plena revolução sexual, o casal convencional e quadrado acaba sendo tragado pelas experiências de sexo grupal.

Mas como os tempos são de hipocrisia e censura, pouco se mostra e se vê, nenhum grande alicerce moral chega a ser abalado. Nem se mostra grande coisa do bairro. A trama paralela do romance entre Bale e Natasha McElhone é particularmente fraca e inconvincente. O filme não chega a ser desagradável, tem sua dose de voyeurismo. Mas é para público de arte restrito e os fãs de Frances.

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