Voltando para Casa (2002)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 09/03/2005

Nota 1

O problema é o fim de "Voltando para Casa". Uma conclusão insatisfatória e abrupta prejudica um filme que tem uma história inusitada e poderia interessar a muita gente.

Usando um elenco internacional (mas baseado no Canadá), a diretora polonesa Agnieska Holland fez um drama envolvente sobre uma mulher (a australiana Miranda Otto, de "O Senhor dos Anéis", que até canta) que, abandona o marido (William Fitchner) depois de flagrá-lo com outra. Mas ela descobre que o filho pequeno sofre de um câncer incurável.

No filme, já tinha havido uma introdução misteriosa sobre um garoto com poderes de cura, mas a história toma um rumo estranho quando a mulher vai com o menino para a Rússia, atrás de um curandeiro (muito bem interpretado por Lothaire Bluteau) que se encanta por ela.

O menino melhora, e os dois têm um romance. Até aí tudo interessante, mas o final podia ser mais bem resolvido. Uma trama paralela sobre o velho pai da heroína que arranja uma namorada russa mais nova parece existir apenas para justificar a descoberta do curandeiro. Mas é um filme sério e intrigante que vale ser conhecido.

Rubens Ewald Filho

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Nota 1

O problema é o fim. Uma conclusão insatisfatória e abrupta prejudica um filme que tem uma história inusitada e poderia interessar muita gente. Usando um elenco internacional (mas baseada no Canadá), a polonesa Holland fez um drama envolvente sobre uma mulher (a australiana Miranda Otto, de "Senhor dos Anéis", que até canta) que depois de descobrir o marido em flagrante adultério resolve deixá-lo.

Mas descobre que o filho pequeno sofre de um câncer incurável. Já tinha havido uma introdução misteriosa sobre um garoto curador, mas a história toma um rumo estranho quando a mulher vai com o menino para a Rússia, atrás desse curandeiro que se encanta com ela (muito bem interpretado por Lothaire Bluteau, que já foi o "Jesus de Montreal").

O menino melhora e os dois têm um romance. Até aí tudo interessante e nos faz pensar em médiuns brasileiros que teriam poderes semelhantes. Mas o final podia ser melhor resolvido. William Fichtner, que geralmente faz bandido, aqui é o marido.

Tem também uma trama paralela sobre o velho pai da heroína que arranja uma namorada mais nova, emigrante russa. Que parece existir apenas para justificar a descoberta do curandeiro. Mas é uma fita séria e intrigante que vale ser conhecida.