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Ficha completa do filme

Drama

Elefante (2003)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 08/12/2004
Nota 1

"Elefante" ganhou a Palma de Ouro, e Gus Van Sant, o prêmio de melhor diretor. Apesar disso, o filme foi total fracasso de público e crítica nos EUA, comprovando a estupidez da escolha do festival num ano com "Dogville" e "As Invasões Bárbaras".

"Elefante" é um subproduto menor de "Tiros em Columbine", de Michael Moore. Concordo com a revista "Variety": se você vai mexer em certos temas, é melhor fazê-lo direito, não fique apenas na superficialidade.

É o caso deste filme, produzido pela HBO, que resulta banal, mesmo sendo um filme americano contra a América. Na verdade, não consigo levar a sério o cineasta Gus Van Sant, com uma carreira tão irregular, que fez aquela desastrosa refilmagem de "Psicose", de Hitchcock -com o mesmo roteiro original-, em que se comprovaram sua má-fé e falta de talento.

Aqui, ele utiliza atores amadores, que em geral usam seus próprios nomes, muita improvisação num orçamento minúsculo (o único profissional reconhecido é Timothy Bottoms, de "Última Sessão de Cinema", que faz o pai dos estudantes).

O título do filme vem de uma frase do escritor Bernard MacLaverty, que diz que esses problemas com jovens são como "ter um elefante na sala de jantar" e fingir que ele não existe.

A narrativa é cheia de idas e vindas, com alguns desvios curiosos e até criativos, distanciamento e muita câmera na mão (em geral seguindo os personagens pelos corredores). Só não é tudo isso para merecer tanto prêmio.

Edição em DVD traz "No Set do Filme Elefante: Filmando Através do Tempo (Rolling Through Time)", making of.

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