Evil - Raízes do Mal (2003)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 12/04/2005

Nota 1

O drama sueco ficou entre os cinco finalistas de Melhor Filme Estrangeiro do Oscar 2004. Mas não merecia a indicação, pois é apenas um filme comercial, bastante bem feito, que lembra as produções norte-americana sobre violência em escolas privadas, no estilo "Código de Honra".

Aqui, é a história de um adolescente nos anos 50, o estreante Andréas Wilson, que é expulso de uma escola (por bater num colega, mas não ficamos sabendo muito sobre isso no decorrer do filme) e sua última chance é ir para um colégio interno de ricos, onde tem que se reabilitar. Mas o lugar é cheio de preconceitos (a favor dos ricos), professores com ranço nazista e até mesmo regras e tarefas onde os veteranos humilham os calouros (e os professores se calam). Tem todos os clichês: a garçonete que transa com ele (embora seja proibido até falar com ela), o colega de quarto que é um intelectual e, por isso, vítima da violência, e o enfrentamento através do esporte, já que o herói é nadador. E parecia que ia terminar na velha moral da violência enfrentando a violência, mas, felizmente, encontraram um final feliz onde ao menos a inteligência passa a vigorar.

O título vem porque, quando é expulso da escola, o diretor diz que o garoto é "puro mal", o que no fundo nada tem a ver e faz o filme parecer história de terror. No entanto, "Evil - Raízes do Mal" tem uma narrativa competente e poderia muito bem ser comprado e refeito pelos norte-americanos.