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Ficha completa do filme

Drama

Lições para Toda Vida (2003)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2004
Nota 1

Destino de criança prodígio no cinema é cruel. Quando crescem ficam feios e sem graça. É a síndrome de Shirley Temple que atingiu agora Haley Joel Osment, o menino de "O Sexto Sentido". Querem confirmar ? Vejam este simpático filme. Ele parece um duende fugido do filme da Xuxa, sem ofensa aos duendes ou a Xuxa.

Eu nem diria exatamente feio, mas esquisito, estranho, bizarro. Se bem que pensando bem, ele nunca teve mesmo uma cara muito normal. Mas dificilmente Osment conseguirá ir para a frente (está já com 16 anos e em plena chamada "idade difícil", depois deste não fez outro filme).

Apesar dele e do choque de revê-lo, o filme não é ruim. Como sempre, foi mal de bilheteria porque no mercado atual, qualquer fita estrelada por atores com mais de setenta anos é fracasso total (com a possível exceção de Jack Nicholson).

Uma pena, porque é um roteiro divertido (ainda que como sempre todo resumido já no trailer). O diretor McCanlies havia feito antes apenas uma fita de animação, o roteiro do cult "Gigante de Ferro", além de criar o conceito também da série de tevê '"Smallville".

O script levou dez anos para ser filmado e tem muito de autobiográfico. Aqui ele já começa com o herói adulto (no caso, Josh Lucas) que relembra seus excêntricos a quem foi visitar, quando sua mãe praticamente o abandonou (Kyra) nas mãos deles. Um pouco "Big Fish", o filme mostra o garoto a princípio assustado, depois fascinado com as histórias que ouve e depois comprova. Aparentemente a cidade acha que eles foram ladrões de banco e esconde uma fortuna em dinheiro. Eles nada dizem mas mantém espingardas para espantar os invasores.

Com o tempo, ficam amigos, compartilham aventuras, anedotas e um problema quando a mãe volta com novo marido. Tudo é um pouco previsível, mas isso pouco importa porque no elenco estão Duvall e Caine, dois mestres em ação, super à vontade, bastante divertidos. E ao contrário do que deixa pensar o título nacional, não há sentimentalismos.

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