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Ficha completa do filme

Documentário

Nelson Freire (2003)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 14/09/2004
Nota 1
Nelson Freire

Numa edição caprichada da nova distribuidora VídeoFilmes, dos próprios irmãos Walter e João Salles, o DVD de "Nelson Freire" sai em dois discos. No disco 2 tem a discografia completa, extras não musicais (cinco cenas, inclusive a primeira filmada em maio de 2000, um trajeto da casa de Freire até a sala Cecília Meirelles), e extras musicais: 12 trechos de concertos de Villa-Lobos, Schumann, Brahms, Rachmaninoff etc.

É preciso cautela: é um filme para ser visto com o mesmo espírito com que se vai a um concerto de música clássica. Não é um documentário tradicional, nem tem a pretensão de ir a fundo no biografado. Aliás nem biografia é, difícil defini-lo.

Alternando entrevistas com o pianista Nelson Freire, uma pessoa extremamente tímida e reservada, de tal maneira que terminei de ver o filme sem entender se ele é casado, namorado ou amigo da pianista austríaca que é sua parceira.

A gente assiste a diversas performances dele em vários lugares do mundo, de São Paulo a São Petesburgo, na Rússia, e participa de ensaios, de esperas, de problemas técnicos (de um dos pianos, por exemplo, Freire insiste em achar que não gosta!), vê os aplausos, os elogios, o comportamento sempre discreto do artista. Com todos os trechos de música devidamente identificados.

Se continuamos "outsiders" do artista, é notável como o filme é um exercício de sensibilidade, delicadeza e compostura. Não há a procura de escândalo, nem a curiosidade de repórter. Apenas a intenção de nos colocar como espectadores privilegiados na primeira fileira de uma sala de concerto.

Não achei uma obra-prima como todos repetiram, mas não há dúvida que é um filme interessante e que seu diretor obviamente tem talento. João Moreira Salles é irmão e às vezes parceiro de Waltinho Salles e tem a fama de ser um extraordinário documentarista. Espera-se que através desse selo, possamos conhecer suas obras.

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema [resenha-data-cadastro]
Nota 1

Numa edição caprichada da nova distribuidora VídeoFilmes, dos próprios irmãos Walter e João Salles, sai em dois DVDs. É preciso cautela: é um filme para ser visto com o mesmo espírito com que se vai a um concerto de música clássica. Não é um documentário tradicional, nem tem a pretensão de ir a fundo no biografado. Aliás nem biografia é. Difícil defini-lo. Alterna entrevistas com o pianista Nelson Freire, uma pessoa extremamente tímida e reservada, de tal maneira que terminei de ver o filme sem entender se ele é casado, namorado ou amigo da pianista austríaca que é sua parceira.

A gente assiste a diversas performances dele em vários lugares do mundo, de São Paulo a São Petesburgo na Rússia. Participa de ensaios, de esperas, de problemas técnicos (um dos pianos, por exemplo, Freire insiste em achar que não gosta dele), vê os aplausos, os elogios, e percebemos o comportamento sempre discreto do artista. Todos os trechos de música são devidamente identificados.

Se continuamos outsiders do artista, é notável como o filme é um exercício de sensibilidade, delicadeza e compostura. Não há a procura de escândalo, nem a curiosidade de repórter. Apenas a intenção de nos colocar como espectadores privilegiados na primeira fileira de uma sala de concerto. Não achei uma obra-prima como todos repetiram, mas não há dúvida que é um filme interessante e que seu diretor obviamente tem talento (João Moreira Salles é irmão e às vezes parceiro de Waltinho Salles e tem a fama de ser um extraordinário documentarista. Espera-se que através desse selo, possamos conhecer suas obras).

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