O Agente da Estação (2003)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2005

Nota 1

Depois de ter feito sucesso no Festival de Sundance (onde foi Melhor Filme pelo Júri popular, Melhor Roteiro e Atriz) e ter sido comprado pela Miramax, este filme acabou sendo indicado para o SAG como Melhor Atriz Patricia Clarkson ("Longe do Paraíso", da série "Wonderland") e Melhor Ator para o anão Peter Dinklage (que teve boa participação em "Um Duende em Nova York").

Ele parece ser o primeiro anão a poder fazer carreira boa no cinema (não há outra forma mais delicada de chamar no Brasil, aliás, o filme mostra de forma sutil e sensível os problemas que eles sofrem e passam). Em parte porque é bonitão, tem boa voz, é bom ator e pode ser usado de variadas formas, até se esquecendo seu tamanho.

O filme é uma produção típica independente. Quase não tem história. É sobre esse anão que herda uma estação de trem em Nova Jersey, que faz amizade com uma mulher que perdeu o filho pequeno e ainda não conseguiu sair da crise. E também com um latino boa praça que precisa de companhia (o muito simpático Bobby Cannavale, casado com a filha de Sidney Lumet e astro do seriado "Oz").

E juntos vão atrás de trens (são Train Chasers). Ou seja, uma história agradável, que acaba abruptamente e que em bons tempos iria passar desapercebida. Mas na falta de alternativas foi uma curiosidade até com talento.