A confirmação dos indícios que demonstravam que o cinema coreano é um dos melhores do mundo neste momento. Uma fita no estilo "Samsara", que fez enorme sucesso no circuito de arte, graças a sua notável beleza (comparável aos filmes de Zhang Yumou).
É um verdadeiro poema ao dividir sua história, contada em poucas palavras, basicamente visual, passada em épocas diferentes, em diferentes estações do ano. Passa-se num mosteiro budista flutuante que fica no meio de um lago, onde o velho mestre ensina lições de vida para um garotinho.
As estações passam e o garoto cresce, se envolve com uma mocinha que pede refúgio ali, depois foge para a cidade grande, mas acaba retornando sendo perseguido por problemas e bandidos. Mas o eterno ciclo da vida não termina nunca.
Uma apologia emocionante, repleto de sensibilidade e sensações, acessível a qualquer um. Ganhou grandes prêmios em Locarno, San Sebastian. Votei nele como o Melhor Filme do ano de 2004 no Brasil.
Mas é uma fita para ser vista e absorvida, mais do que discutida. Todo um poema visual. O diretor faz o papel do monge adulto no final do filme. Nenhum dos personagens tem nome (conforme ensinamento budista).