Este foi o pior blockbuster da temporada 2004, com um título misterioso, já que Riddick é um personagem, o herói. Geralmente a batalha refere-se um lugar e não uma pessoa. Estrelado pelo ator menos interessante e mais canastrão (para não mencionar sua desagradável figura) desde Steven Seagal: Vin Diesel.
O mais curioso é que esta é uma continuação de uma fita pequena e talentosa chamada "Eclipse Mortal" ("Pitch Black"), 2000 do mesmo ator e diretor David Twohy (como poucos viram, procure a edição especial em DVD). Mas tem pouco ou nada a ver (tanto que existe um desenho animado chamado "A Fúria de Riddick"/ "The Chronicles of Riddick: The Dark Fury", 2004, de Peter Chung, que pretende fazer a ligação entre os dois filmes, explicando um pouco melhor as coisas que aconteceram nos cinco anos entre os dois fatos).
O absurdo é que esse desenho foi lançado apenas depois da estréia do filme. Portanto quem for ver o filme, não vai entender muita coisa. Dos filmes recentes é dos que menos faz sentido, não tem pé nem cabeça, pior que filme de David Lynch quando eles trocam os rolos.
O conselho é esquecer o original e tentar enfrentar o filme como está (mas só se você não tiver outra alternativa). Sua única qualidade é o visual, o desenho de produção, a direção de arte (Holger Gross) que é espetacular.
Lembra um pouco o antigo "Duna", mas é intrigante, no melhor estilo space opera, estranho, sempre no bom sentido (ou seja, o filme é bonito ainda que tolo). Confesso que tive dificuldade de ficar ligado no filme, que me pareceu empolado, por vezes ridículo (e nisso nem escapa a ilustre Judi Dench, fazendo uma raça de elementais espíritos/ fantasmas).
Riddick custou 105 milhões de dólares e rendeu nos EUA apenas 54. De qualquer forma, é dinheiro jogado fora. Sai em versão do diretor.