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Ficha completa do filme

Comédia

Clube dos Pervertidos (2004)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 30/08/2005
Nota 3

Quem for fã do diretor John Waters até vai gostar de ver que ele voltou a ficar mais ousado e sem vergonha, depois de uma temporada bem-comportado que lhe rendeu até um sucesso na Broadway com "Hairspray" - que ele promete agora refazer como musical (!).

"Clube dos Pervertidos" ganhou o prêmio Golden Trailer como o filme mais trash do ano. Mas esta fita praticamente saiu em todo o mundo apenas em DVD, o que lhe livra da censura puritana da era Bush. Não chega aos extremos do tempo de "Pink Flamingos", em que a heroína travesti comia cocô de cachorro.

Aqui, há um maluco que se diverte sujando privadas. Trata-se de uma farsa total, uma chanchada sobre hipocrisia sexual numa pequena comunidade. A comediante inglesa Tracy Ullman faz a heroína reprimida e mal-humorada que tem problemas com a filha ninfomaníaca e que está presa num quarto em casa por ordem da polícia depois de ter cometido atentado ao pudor.

Quando é atingida na cabeça num acidente, Tracy fica obcecada por sexo e acaba recorrendo a uma espécie de Alcoólicos Anônimos do sexo, onde se encontram as figuras mais bizarras com os desvios mais originais - entre elas está a velha amiga de Waters, a ex-herdeira Patrícia Hearst, que foi seqüestrada e virou guerrilheira.

O humor é grosso mas não explicito, e não há muita nudez. O espectador não sabe se deve rir, ou debochar, ou criticar, gostar ou achar ruim. O filme foi rodado na terra natal de Waters, Baltimore, estado de Maryland, como suas primeiras fitas. Para quem gosta, pode ser um prato cheio. Inimigos do trash devem evitar. A edição nacional tem apenas trailers, sem o making of e os comentários da edição americana.

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