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Ficha completa do filme

Drama

Irmãos de Fé (2004)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2005
Nota 3
Irmãos de Fé

Depois do êxito do primeiro filme, "Maria, Mãe do Filho de Deus", o Padre Marcelo retorna com outra produção da mesma firma, Diler Trindade, desta vez totalmente rodado em interessantes e espertas locações no Rio Grande do Norte (há até um institucional sobre as belezas do Estado no DVD).

Mas o roteiro é menos feliz, ao tentar contar duas histórias simultâneas. Talvez sua maior ousadia e erro seja mostrar a conclusão da história desde o começo, passando para 2020, onde o menino já é padre (o que só deve confundir seu público alvo).

O filme depois prossegue com uma parte cantada da missa do padre, assistimos um assalto (violento para o gênero) e só bem mais tarde é que seguiremos Thiago Lacerda vivendo o apóstolo Paulo (ele tem um trabalho esforçado e bastante digno), uma história pouco conhecida, de pouca ação e muita discussão. Elas até são importantes para o filme que pretende ter uma mensagem de compreensão e anti-racismo (evitando cuidadosamente qualquer mensagem contra os judeus, ao contrário do filme de Mel Gibson).

Assim, quando Paulo se converte e pretende espalhar a palavra de Cristo por todas as pessoas, há um conflito com os mais velhos que desejavam manter regras judaicas (como a circuncisão). Ou seja, as partes históricas são até bem realizadas, com uma direção de arte eficiente (para o orçamento e pretensão) e um bom elenco de apoio.

Mas não é exatamente eletrizante e isso explica o relativo fracasso do filme, que deseja ser evangelizante. É discutível a resolução com uma visita desnecessária a Jerusalém e ao Muro das Lamentações.

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