Baseado em personagens de livros de Fréderic Dard (na verdade a quarta adaptação para o cinema com o personagem, nenhuma delas memorável, vividos antes por Jean Richard, Gerard Barray, Philippe Gasté). Mas o personagem é super famoso na França (quase 200 novelas entre 1949 e 2001, quando o autor morreu).
Produzido por Claude Berri, foi rodado em hotéis e lugares luxuosos (muito dourado), com um excelente elenco (embora fique difícil aprovar a escolha dos atores quando não se conhece os personagens em livro). Mas os protagonistas são machistas, até misóginos sempre cercados de mulheres que eles tratam como objetos e são inexplicavelmente apaixonadas por ambos.
Tudo fica com um jeitão de sub James Bond, até porque a direção sempre escolhe planos abertos demais (vemos muito Paris). Fica a impressão de que Lavin é velho demais para fazer heróis (ele tem um filho já adulto para atrair também os mais jovens) e o tempo de humor nem sempre funciona.
Custou caro (30 milhões de euros) e foi muito mal de bilheteria na França. Ao final tem cenas rodadas no Rio, no Aeroporto Santos Dumont, numa casa de morro, na praia do Leme e do Carnaval no Sambódromo. No que seria um final surpresa.