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Ficha completa do filme

Animação,Comédia

Shrek 2 (2004)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 09/11/2004
Nota 5

"Shrek 2" não é melhor do que o primeiro porque não tem a mesma originalidade e surpresa. Mas merece o sucesso espetacular que fez, principalmente nos EUA -o capítulo 3 já está sendo preparado, no melhor estilo "O Senhor dos Anéis", segundo o produtor Jeffrey Katzenberg).

Depois de apenas 25 dias em cartaz, "Shrek 2" alcançou a marca de o desenho de maior bilheteria da história, superando "Procurando Nemo", e está entre as dez maiores bilheterias de todos os tempos nos EUA (mais de US$ 436 milhões).

O filme é engraçado, inteligente, bem bolado, diverte crianças e adultos. De todos os filmes de animação, até mais do que os da Disney, "Shrek" depende muito das vozes originais. Não apenas o visual dos personagens é inspirado nos atores que fazem as vozes, como eles participam diretamente de sua promoção -e também ganham maiores salários por isso.

Talvez por isso ousa-se dizer que a melhor criação no cinema de Eddie Murphy seja o Burro ("uma criatura falante e chata", como ele diz). Mas desta vez ele tem um rival: o espanhol Antonio Banderas está ótimo como o Gato de Botas, que surge no meio da história e rouba todas as cenas em que aparece (ele e o Burro até compartilham o número musical final).

O filme custa um pouco a engrenar, iniciando com um prólogo com o Príncipe Encantado (Rupert Everett) que será o filho da Fada Madrinha (a inglesa Jennifer Saunders, do seriado "Absolutely Fabulous", a figura menos brilhante do elenco). No final das contas, ela é a vilã que manipula poções mágicas e adivinhações e faz chantagem com o Rei da Terra de Tão, Tão Distante (Far Far Away, que se parece muito com Los Angeles e Hollywood) para que a Princesa deixe seu amado Ogro.

Mais ainda do que o primeiro, "Shrek 2" é uma história de amor, em que o casal luta para não se separar, apesar de todas as conspirações e interferências, sem contar a insistência de alguns em torná-los "bonitos".

O filme também funciona porque é repleto de citações de cultura pop: apresentadores de TV (Joan Rivers, que comenta o tapete vermelho na festa do Oscar para o canal E!), marcas, filmes ("Flashdance", "Missão Impossível", "O Senhor dos Anéis", "Homem-Aranha"), canções ("Tomorrow", do musical Annie) e principalmente contos infantis (na aventura final entram Pinóquio, Os Três Porquinhos e o Muffin Man). É possível assistir ao filme duas ou mais vezes com prazer.

Um detalhe importante: não perca os créditos finais porque há ainda um adendo com o Burro e sua família.

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