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Ficha completa do filme

Drama

Feliz Natal (2005)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 19/06/2007
Nota 1

Representante francês no Oscar de filme estrangeiro de 2005, "Feliz Natal" chegou a ficar entre os cinco finalistas. Também passou no Festival de Cannes. Mas a verdade é que é bem intencionado demais para estes tempos cínicos. É uma produção muito cara, com jeito de União Européia, que registra um caso real, mas escondido durante anos. O diretor francês Christian Carion (que faz um ponta como enfermeiro) não é muito experimentado -- realizou fez antes o sucesso local "Um Encontro Inesperado", com Michel Serrault. Ele apostou todas as fichas nesta história passada no Natal de 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, quando ainda havia vestígios de fidalguia, antes de a situação realmente degenerar.

Na terra de ninguém do campo de batalha estão os alemães, os franceses e os escoceses. Mas, durante a trégua de Natal, eles tentam esquecer suas diferenças e por alguns momentos convivem pacificamente, jogando futebol, mas principalmente para ouvir um concerto de musica clássica. Todos sabiam que aquela trégua não oficial e não autorizada teria um custo depois. Basicamente, o filme é isso, sem tirar nem pôr. É muito bem produzido, bem contado, com um elenco competente. Foi indicado para seis prêmios César (o Oscar francês), sem ganhar nenhum, e também para o Globo de Ouro. O filme é reconhecido como do bem, defendendo a paz e a humanidade. O público mais esclarecido gosta e se comove com esse tipo de produção. Mas a imprensa olha com ceticismo.

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