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Ficha completa do filme

Drama

Oliver Twist (2005)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 06/06/2006
Nota 1

Bonito, bem produzido, bem feito, o "Oliver Twist" em versão Polanski é uma digna adaptação do famoso romance de Charles Dickens (1812-1870). Mas tem alguns problemas, talvez insolúveis: já houve antes 16 outras versões cinematográficas da mesma história, seja como desenho animado ("Oliver & Companhia"), história gay ("Twist", de 2003), clássico britânico (homônimo, 1948, de David Lean, com Alec Guinness) e principalmente musical "Oliver!" (1968, de Oliver Reed, vencedor do Oscar de melhor filme e um clássico do gênero).

Ou seja, contando as versões de telefilme, é provável que você já conheça a história e a tenha visto em alguma forma. Então, não apenas não terá qualquer surpresa como será capaz de adivinhar seu desenrolar. Vamos supor que o jovem de hoje não sabe nada e que Polanski tenha feito o filme para seus filhos pequenos poderem assistir. Nesse caso, o problema é o outro. Ainda que bonito, o filme é frio, o elenco medíocre (com exceções), a paisagem interessante (temos a Republica Checa passando por Londres vitoriana) mas numa história longa não espere grandes reações. O roteirista de "O Pianista" até que procurou ser mais fiel e mais realista (a prostituta Nancy que geralmente é uma mulher feita, aqui é interpretada por uma adolescente, que detesta o criminoso Bill Sykes, que a explora e não é apaixonada por ele como no musical).

A história do jovem órfão apelidado de Twist também é contada desde o começo e não há a história do medalhão que é reconhecido como sendo de família rica. Ou seja, aparentemente menos romântico, menos fantasioso. Mas nem tanto, pois não devem ter deixado Polanski retratar a sordidez da vida na rua, ainda mais naqueles tempos sem esgoto e muita hipocrisia. A única exceção notável à mediocridade do elenco é a figura do ilustre Sir Ben Kingsley, que faz o perigoso papel de Fagin, o explorador de garotos que os treina para ser batedores de carteiros e ladrões nas ruas da cidade. Kingsley, com sua indiscutível competência, consegue driblar as armadilhas e criar uma figura convincente, meio bandido, meio humano. Infelizmente nem o garoto que faz Oliver (Barney Clark), nem seu melhor amigo Artful Dodger (Harry Eden, num personagem que tem bem menos destaque que em outras versões) deixam grande impressão.

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema [resenha-data-cadastro]
Nota 5

A melhor das inúmeras adaptações do clássico romance de Charles Dickens, que inclusive virou musical em 1968 ("Oliver!") e foi recentemente refeita, de maneira apenas correta, por Roman Polanski.

A fotografia expressionista dá muito clima à já conhecida história. Alec Guinness ficou famoso com sua criação do vilão Fagin (alguns o acusaram até de anti-semitismo, o que levou o filme a ser banido em alguns lugares) nesta esplêndida reunião de atores, equipe técnica e diretores, que resultou na versão definitiva do clássico texto de Dickens.

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema [resenha-data-cadastro]
Nota 4

A melhor das inúmeras adaptações do clássico romance de Charles Dickens, que inclusive virou musical em 1968. A fotografia expressionista ficou preservada nesta edição.

Guinness ficou famoso com sua criação do vilão Fagin (alguns o acusaram até de anti-semitismo), mas é uma esplêndida reunião de atores, equipe técnica e diretor, numa versão definitiva do clássico.

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