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Ficha completa do filme

Suspense

Refém (2005)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2005
Nota 1

Um fato pouco divulgado é que Bruce Willis nasceu na Alemanha Ocidental, em Idar-Obstein, em 1955. Isso talvez possa explicar sua presença nesta produção alemã, rodada nos Estados Unidos, dirigida por um desconhecido chamado Florent Emilio Siri (um francês que fez "Ninho de Vespas" em 2002, com Pascal Gregory). Mas ela chega disfarçada de thriller americano, na linha de "Duro de Matar" (com quem realmente tem certas semelhanças, embora Bruce esteja neste momento preparando mais um filme daquela série).

Na verdade, é bom dizer logo que se trata de um razoável e eficiente filme do gênero, que se sustenta apesar de alguns defeitos evidentes, como o excesso de violência, meio fora de moda atualmente (curiosamente o filme estreou em março nos EUA, com o resto do mundo logo a seguir. Custou 52 milhões e não rendeu mais do que 34).

Não faltam clichês e nem Bruce deixou de fazer biquinho e aquela cara de contrariado que se tornaram sua marca registrada. Ele faz um negociador de reféns de Los Angeles, que larga tudo desgostoso depois de um caso que vemos no prólogo, quando tenta salvar um garoto que está sendo ameaçado pelo pai que enlouqueceu.

Prefere se tornar chefe de polícia de uma cidade do interior do estado, onde supostamente nada acontece. Até o dia em que três jovens invadem a mansão de um contador (que para complicar trabalha para a Máfia) pensando em roubar um carro.

Mas a situação se complica, matam uma policial e acabam presos no lugar, fazendo reféns os filhos do casal (porque o dono, feito por Kevin Pollak, fica desacordado com um golpe). E a casa é fechada de uma maneira que lembra bastante o filme de Jodie Foster, "O Quarto do Pânico".

O que podia ser um caso banal se complica quando entra em ação a Máfia, que teme que os seus segredos sejam revelados, porque estão num DVD na sala da vítima (escondido sobre o título "Heaven Can Wait"/ "O Céu Pode Esperar", o clássico e não a refilmagem. Piada só para cinéfilos).

Eles seqüestram a mulher (Serena Scott Thomas, irmã de Kristin) e a filha dele (feita pela própria de Bruce e Demi Moore, Rumer Willis, que é feiosa e não demonstra maior talento, até porque apenas chora no pouco que aparece) fazendo chantagem e o obrigando a interferir diretamente no caso, primeiro salvando o contador e depois entrando em tudo.

O problema é que as crianças não são muito bons atores, mas pior mesmo são os que fazem os jovens delinqüentes, que estão descontrolados e exagerados, apesar de serem veteranos na profissão (Ben Foster, Jonathan Tucker). Mas é tanta explosão, tanto tiroteio, que os possíveis excessos e falhas acabam ficando de lado.

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