Este filme ficou famoso quando o diretor o tentou lançar em cinema, DVD e Pay TV ao mesmo, o que resultou num fracasso imenso. Não consigo entender direito esse sujeito. Soderbergh alterna bons filmes comerciais (como "Traffic") com outros experimentais que são desprezíveis. Lembro de uma coisa patética que ele fez e nunca foi vista aqui ("Schizopolis") e outro mais recente, "Full Frontal", que era um desperdício de energia e elenco.
Este aqui, que seria primeiro de uma série, é simplesmente chato e inócuo. Feito com atores amadores, conta uma história muito boba, de um rapaz (que aparenta ser o herói, mas no fim das contas vira coadjuvante) operário de uma fábrica que se engraça com uma nova colega, que aparece assassinada. Logo depois se descobre quem a matou, por razões totalmente fúteis. E daí? O filme é distanciado, com planos gerais de objetos e lugares, um elenco neutro e nem o título se explica direito (as pessoas vivem em bolhas isoladas, será isso?). Enfim, quem se importa. Pelo jeito ninguém. Nada contra fazer fitas experimentais, mas que ao menos elas sejam realmente inovadoras, tenham algo a dizer ou acrescentar. Esta não é nada. Para ser justo, certas pessoas no Brasil gostaram do filme. O motivo me escapa.