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Ficha completa do filme

Romance

Banquete do Amor (2007)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 19/08/2008
Nota 3

Passou em branco nos Estados Unidos este drama cheio de contradições. Apesar endereçado a um público mais velho é repleto de cenas eróticas. É uma historia de amor, mas não necessariamente envolvente ou apaixonada.

O ponto de vista do narrador é dado por um professor universitário aposentado (Morgan Freeman), com esposa (Jane Alexander), e traumatizado pelo a morte por overdose do único filho. Ele começa o filme contando uma história a respeito de que os deuses estariam entediados e por isso inventaram os humanos. Não resolveu a questão, então criaram o amor. Como parecia divertido, resolveram experimentar também. Assim, inventaram o riso, para poderem suportar o amor.

Baseado em livro de Charles Baxter, com roteiro de Allison Burnett ('Outono em Nova York'), este é novo trabalho do diretor Robert Benton, que ganhou Oscar por "Kramer versus Kramer", mas não tem tido grande sucesso com os trabalhos mais recentes como "Revelações", com Nicole Kidman, "Fugindo do Passado", com Susan Sarandon ou "Indomável" com Paul Newman. Benton sabe conduzir atores, é sensível, mas prefere um ritmo meio lento, sem paixão.

Através de Morgan, vários personagens se cruzam num bairro no Oregon, a partir de um café, cujo dono é vivido por Greg Kinnear. No começo do filme sua mulher (Selma Blair) se apaixona por outra, bem diante dos olhos deles. Mas ele está distraído e nada percebe. Logo depois ela o larga e, ainda sem ter amadurecido, vai se casar de novo com uma agente imobiliária (a australiana Radha Mitchell) sem desconfiar que ela tem um amante casado (Billy Burke). O garçom do café (Toby Hemingway) vive com uma garçonete, papel de Alessa Davalos, mas tem problemas com o pai alcoólatra e vilão (Fred Ward).

Esses são peões de um jogo de tabuleiro que questiona a natureza do amor e o que leva as pessoas a se apaixonarem. Certamente um tema que interessa a todos, mas que por isso mesmo exige maturidade. Talvez falte ao filme uma certa leveza, mais humor ou mesmo personagens mais fáceis de se gostar. Algo que o torne mais notável e marcante. Mesmo assim, acho que o público deveria assisti-lo.

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