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Ficha completa do filme

Drama

Elizabeth - A Era de Ouro (2007)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 08/07/2008
Nota 1

O primeiro "Elizabeth" (1998) revelou Cate Blanchett. Mas por alguma razão esta continuação, com o mesmo elenco-base e equipe, foi massacrada pela critica, que só aliviou com Cate, indicada ao Oscar de melhor atriz. Nem mesmo os figurinos de Alexandra Byrne, que venceram o Oscar, foram poupados. Falaram mal também do uso das cores, insinuando que o diretor, de ascendência indiana, tivesse sido influenciado por sua origem e gosto de cores fortes. Acusaram que tudo era suntuoso demais.

O filme foi acusado também de ser melodramático, cometendo o erro de sintetizar a historia de forma que, o que se passa num período de muitos anos parece questão de semanas. Não agradou até mesmo a humanização de Elizabeth, a Rainha Virgem, enfatizando mais seu romance com Sir Walter Raleigh do que os deveres de estado. Abordagem que é recorrente em praticamente em todos os filmes biográficos sobre a monarca, como longas com Bette Davis ("Meu Reino por um Amor" e depois "A Rainha Tirana") e Helen Mirren (numa versão feita para a HBO que não saiu em DVD por aqui).

A produção não é uma aula de história, embora certamente muita gente irá se interessar em saber que a o império britânico, a exemplo da Inglaterra da Segunda Guerra, esteve sozinho para enfrentar outro pretenso invasor disposto a tudo para destruir seu poder, neste caso o rei espanhol Felipe 2º (Jordi Mollà). É antes de tudo uma história de amor impossível entre uma rainha fadada a não se casar que não viver a paixão por Sir Walter (Clive Owen).

Numa trama paralela importante há o conflito com Mary Stuart, rainha católica da Escócia (Samantha Morton) que será executada em meio também a uma conspiração dos católicos para matar Elizabeth. Além de redutivo, o filme toma outras liberdades como o fato de Elizabeth de não deixar claro que, àquela altura dos acontecimentos, Elisabeth já estaria com 52 anos. Duvido, porém, que o espectador casual irá se importar com esses pormenores.

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