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Ficha completa do filme

Ficção Científica

O Enigma de Andrômeda (2007)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 09/09/2008
Nota 3
O Enigma de Andrômeda

Produzida pelos irmãos Ridley e Tony Scott, para o Canal americano A&E, esta é uma adaptação de um famoso livro ficção cientifica, homônimo, de 1971, de Robert Wise. A produção atualiza e expande o a obra de Michael Crichton, conhecido por "Jurassic Park".

Dividido em dois episódios, o filme foi pioneiro em contar a historia de um vírus mortal que veio do espaço. Não chega a ter o mesmo tom de suspense e corrida contra o relógio do original porque se preocupa em criar um clima de paranóia: é mais um filme em que o governo e as forças armadas são culpados de corrida armamentista e falta de responsabilidade. Não convence o astro da série "Will & Grace" como um repórter drogado que faz tudo para conseguir a matéria, papel para um tipo como Bruce Willis e não para um ator tão suave. Foi indicado aos Emmys de maquiagem e montagem.

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema [resenha-data-cadastro]
Nota 1

Vinte anos após realizar um clássico da ficção científica, O Dia Em Que a Terra Parou (The Day The Earth Stood Still, 1951), o grande artesão Robert Wise (1914-2005) voltou ao gênero nesta primeira adaptação de um livro de Michael Crichton (Jurassic Park, Coma, Assédio Sexual) para o cinema. Se não é outra obra-prima serve novamente para demonstrar a maestria e versatilidade de Wise (também produtor) ao tornar absorvente este filme sem astros, extremamente expositivo e detalhado, que mostra o trabalho de quatro cientistas de ponta que tentam descobrir o que veio do espaço em um satélite que, após cair em uma minúscula cidadezinha do deserto do Novo México matou toda a população de forma bizarra, exceto um velho e um bebê.

Eles usam um super laboratório (cujo set usou equipamento real fornecido por várias instituições e mesmo assim custou trezentos mil dólares) e correm contra o relógio para descobrir a causa das mortes e evitar que o que quer que tenha ocorrido atinja o resto do planeta. Para gerar suspense há a situação paralela do laboratório ter um sistema de auto-destruição em caso de contaminação, que apenas um dos quatro pode abortar. Nem todos vão gostar da solenidade do filme, da falta quase total de ação e da meticulosidade (para não dizer lentidão) com que Wise mostra os procedimentos científicos, e também a falta de personagens empáticos (com os cientistas retratados sem muitas tintas, até meio chatos) torna tudo meio distanciado e frio. Mas absorvente para quem curte o gênero.

É interessante notar também como, depois de mais de trinta anos, a ciência do filme (com a exceção das telas e operação dos computadores) ainda parece hi-tech e convence. Foi indicado com justiça para o Oscar de direção de arte, e também o de montagem. Edição pobre, sem o obrigatório making-of, traz apenas sinopse como extra. 14 capítulos.

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