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Ação

A Última Cartada 2: Assassinos (2010)

Resenha por Edilson Saçashima

Edilson Saçashima

Da redação 09/04/2010
Nota 1
A Última Cartada 2: Assassinos

''A Última Cartada 2: Assassinos'', que chega direto ao DVD pela Universal, traz ingredientes que fizeram a fama de Quentin Tarantino, como cenas plásticas de violência, litros de sangue jorrando na tela e vilões insanos e carismáticos. Mas enquanto Tarantino foi além destes elementos e se consolidou como um cineasta acima da média, o produtor e roteirista de ''A Última Cartada 2'', Joe Carnahan, está se tornando uma promessa que não deslanchou.

Carnahan despontou como diretor com o policial ''Narc'', que foi destaque no Festival de Sundance em 2002. O sucesso fez com que conseguisse nomes de peso para estrelar ''A Última Cartada'' (2006), como Ben Affleck, Andy Garcia e Ray Liotta. O trabalho teve recepção morna, mas foi o suficiente para garantir esta continuação. No segundo filme, Carnahan assina o roteiro e a produção, mas a direção fica a cargo de P.J. Pesce.

''A Última Cartada 2: Assassinos'' tem início com um secretário do FBI, Walter Weed (Tom Berenger), sofrendo ameaça de morte. Um homem misterioso convocou uma série de assassinos psicopatas para matar Weed. O motivo para o crime é uma incógnita e serve como um elemento para manter o suspense.

O filme é uma sucessão de acontecimentos sangrentos na batalha para manter Weed vivo. As reviravoltas se sucedem até um final surpreendente.

Em pouco mais de 80 minutos, ''A Última Cartada 2'' traz boas cenas de ação, esteticamente atraentes, mas que não conseguem convencer como uma unidade com um enredo sólido.

A parte cerebral do filme, por assim dizer, fica restrito ao ponto de partida, com o misterioso motivo para se matar Weed, e o final, com a revelação do mentor por trás do crime. É muito pouco.

A impressão que fica é de que o estético se sobressaiu ao conteúdo. A própria duração do filme sugere um enxugamento do roteiro para que sobre apenas a adrenalina.

''A Última Cartada 2'' consegue se passar como um entretenimento despretensioso, mas prometia ser um exemplo de trabalho que se propõe mais consistente, misturando a estética de Tarantino e as tramas rocambolescas do tipo ''Os Suspeitos'', por exemplo. Ficou longe disso.

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