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Morre aos 66 anos o cineasta gaúcho Sérgio Silva, diretor de "Anahy de las Misiones"

Viviane Pasmanter e Sérgio Silva nos bastidores de "Quase um Tango" - Reprodução
Viviane Pasmanter e Sérgio Silva nos bastidores de "Quase um Tango" Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

15/08/2012 11h42

Morreu na madrugada desta quarta-feira (15), em Porto Alegre (RS), o cineasta gaúcho Sérgio Silva. Ele tinha 66 anos.

Conhecido pelo filme "Anahy de las Misiones" (1997), Silva sofria de câncer no pulmão e morreu em casa. A informação foi confirmada pelo departamento de Arte Dramática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde lecionava.
 
O corpo do cineasta será velado no Cemitério Ecumênico João 23, em Porto Alegre, a partir das 14h e o sepultamento está marcado para as 20h desta quarta.
 
Silva foi homenageado pelo Festival de Gramado no último domingo (12), mas não pôde comparecer à premiação por conta de seu estado de saúde.

Nascido em Porto Alegre, Silva formou-se em língua e literatura portuguesa antes de dedicar-se ao cinema. Além de dirigir curtas, médias e longas-metragens, atuou como roteirista e cenógrafo em projetos de outros diretores.

Depois de filmar projetos em super-8 e 16mm, fez o curta-metragem "Festa de Casamento" (1990), que recebeu os prêmios de direção e montagem no Festival de Brasília. Outro curta, "O Zeppelin Passou por Aqui" (1993), recebeu o  prêmio de roteiro no Festival de Gramado.

Silva estreou na direção de longas-metragens com "Anahy de las Misiones" (1997), que levou sete prêmios no Festival de Brasília. Antes, co-dirigiu "Heimweh/Nostalgia" (1990) com Tuio Becker. Além do cinema, dedicou-se a lecionar teoria do teatro e dramaturgia na UFRGS. Em 2003, realizou o longa "Noite de São João", uma adaptação da peça "Senhorita Júlia", de Strindberg. Em 2009, lançou "Quase um Tango", longa-metragem selecionado para o Festival de Gramado.

O cineasta também foi crítico de cinema nos jornais gaúchos "Folha da Manhã", "Folha da Tarde" e "Correio do Povo".