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Produtor de filme anti-islâmico nega ter violado condicional e permanece sob custódia

Nakoula Basseley Nakoula é levado sob custódia nos Estados Unidos - Bret Hartman/Reuters
Nakoula Basseley Nakoula é levado sob custódia nos Estados Unidos Imagem: Bret Hartman/Reuters

Do UOL, em São Paulo

10/10/2012 18h28

O produtor Nakoula Basseley Nakoula, que participou da realização de um filme anti-islâmico que gerou polêmica no final de setembro, negou nesta quarta-feira (10) ter violado os termos de sua liberdade condicional, mas permanecerá sob custódia após decisão de uma juíza de Los Angeles. As informações são do site "Deadline".

Nakoula, um dos responsáveis pelo longa "A Inocência dos Muçulmanos", foi condenado em 2009 por fraudes bancárias. Segundo um promotor norte-americano, o produtor teria violado os termos que regem a sua liberdade condicional ao gravar e publicar no YouTube um trailer de 14 minutos do polêmico filme.

O produtor tentou fugir, mas foi pego pelas autoridades norte-americanas, sendo acusado de ter violado oito termos de sua condicional. Para o advogado Steven Seiden, Nakoula está sendo perseguido e as acusações seriam apenas uma "desculpa" para prendê-lo. "Meu cliente não é o responsável pela violência no Oriente Médio", disse.

Entre as violações, estaria o fato de Nakoula ter se passado por uma pessoa chamada Sam Bacile durante as filmagens, além de ter mentido sobre a natureza do seu envolvimento com o longa. Uma nova audiência foi marcada para o dia 9 de novembro.

Entenda o caso
O juiz Luis Lanvin, da Corte Superior de Los Angeles,  negou o pedido da atriz atriz Cindy Lee Garcia para que fosse removido do YouTube o filme anti-islâmico, "A Inocência dos Muçulmanos”.

De acordo com informações do site TMZ, a atriz afirmou ter sofrido ameaças de morte e entrou com uma ação judicial contra o Google e Nakoula Basseley Nakoula, conhecido como "Sam Bacile", um dos produtores do longa.

"Minha vida está de cabeça para baixo", disse Cindy Lee. Ela afirmou que durante as filmagens os produtores a fizeram acreditar que o projeto tratava-se de um “filme histórico de aventura ambientado no deserto árabe”.

Quando o filme foi lançando, a atriz revelou que sua voz foi dublada para que fossem acrescentados diálogos que ela não havia pronunciado, insultando o profeta Maomé. "O Youtube deveria retirar o filme do ar, é degradante, desmoralizante, isso afetou nosso embaixador, nossas forças armadas. Muitas pessoas foram afetadas por causa desse filme", opinou ela.