Presidente da Sony convoca funcionários para falar sobre ciberataque
O presidente da Sony, Michael Lynton, realizou nesta segunda-feira (15) uma reunião com seus funcionários da sede da Califórnia para abordar as consequências do ciberataque sofrido nas últimas semanas, que tornou públicos e-mails comprometedores entre os diretores da empresa.
A reunião teve início às 13h00 locais (19h00 Brasília) no escritório da Sony em Culver City, a leste de Los Angeles, informou à AFP um porta-voz dos estúdios, que não detalhou o número de participantes.
A Sony foi vítima de um ataque a seus servidores no dia 24 de novembro, realizado pelo grupo autodenominado 'Guardians of Peace' (Guardiões da Paz, em inglês), o GOP, que gradualmente foi vazando mensagens dos diretores dos estúdios e outros dados confidenciais.
Os funcionários receberam este final de semana um e-mail do GOP anunciando que ganhariam "um presente de Natal" mediante a publicação de "um grande número de informações".
"Este presente os fará muito felizes e colocará a Sony em uma má situação", diz a mensagem.
O FBI revelou nesta segunda-feira à AFP que na semana passada se reuniu "com empregados da Sony para falar sobre cibersegurança".
A presidente da companhia, Amy Pascal, foi uma das mais prejudicadas pelo vazamento dos e-mails, tendo que pedir desculpas, na semana passada, ao presidente americano, Barack Obama.
Em uma troca de mensagens com o produtor Scott Rudin, Pascal escreve se deve perguntar a Obama sobre os filmes "Django Livre", "12 anos de escravidão" e "O mordomo da Casa Branca", todos eles sobre a questão racial nos Estados Unidos.
Rudin também fez ataques à atriz Angelina Jolie por sua possível participação na produção de "Cleópatra", chamando-a de uma "menina mal educada com talento mínimo", "infantil, irresponsável e caprichosa".
A mídia americana afirmou que os hackers conseguiram roubar o roteiro do último filme de James Bond, protagonizado por Daniel Craig e dirigido por Sam Mendes, cuja filmagem terá início em breve.
A imprensa especializada afirma que o ciberataque está relacionado com a estreia, no dia de Natal, de "A Entrevista", uma comédia sobre um plano fictício da CIA para matar o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un.
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