Morre Alain Resnais, um dos principais diretores do cinema francês
O francês Alain Resnais, um dos nomes mais importantes do cinema no país, morreu neste sábado (1º) aos 91 anos. O cineasta estava em Paris, "cercado pela família", anunciou Jean-Louis Livi, produtor de seus últimos filmes.
Conhecido por filmes como "Hiroshima, Meu Amor" (1959), "O Ano Passado em Marienbad" (1961) e "Muriel" (1963), Resnais costuma ser associado ao movimento experimental que ficou conhecido como nouvelle vague na França. Outros de seus filmes, produzidos ao longo de mais de seis décadas, incluem "A Guerra Acabou", "Medos Privados em Lugares Públicos" e "Ervas Daninhas". Entre outros feitos, foi premiado três vezes no Festival de Cannes, duas vezes no Festival de Veneza e outras duas no Festival de Berlim.
Em fevereiro deste ano, Resnais apresentou seu mais recente longa-metragem no evento alemão, o longa "Aimer, Boire e Chanter" (Amar, Beber e Cantar, numa tradução livre), onde também recebeu uma homenagem. O filme, que conta a história de três casais que fazem teatro amador e estão ensaiando uma peça, foi vencedor do prêmio da crítica internacional durante o Festival de Berlim.
"Ele estava preparando, comigo, um outro filme, do qual ele também era roteirista", afirmou Livi, que produziu os três últimos títulos de Resnais.
Entre as primeiras reações à morte do cineasta, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, saudou "um grande, grande talento, conhecido mundialmente".
Entre as primeiras reações à morte do cineasta, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, saudou "um grande, grande talento, conhecido mundialmente".
Após saber da notícia da morte de Resnais, o próximo presidente do Festival de Cannes, Guilles Jacob, lembrou nas redes sociais uma frase do genial autor de filmes: "Fazer filmes é bom, mas ver filmes é muito melhor", dizia Resnais.
Nascido na cidade bretã de Vannes, no noroeste da França, o cineasta unanimemente considerado como um dos grandes líderes da "Nouvelle Vague" era celebrado pelo mundo do cinema como um de seus patriarcas, o que Cannes corroborou em 2009 outorgando-lhe o Prêmio Especial pelo conjunto de sua obra.
* Com agências internacionais
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