Estrela de "O Cavaleiro Solitário", Armie Hammer diz que quis deixar herói mais humano
Johnny Depp e os criadores da saga "Piratas do Caribe" voltaram a trabalhar juntos para a adaptação ao cinema de "O Cavaleiro Solitário", personagem famoso da cultura popular americana e interpretado por Armie Hammer, uma estrela em ascensão em Hollywood.
Trailer legendado de "O Cavaleiro Solitário"
Depois de terem revitalizado com sucesso os filmes de pirata, com quatro produções que arrecadaram mais de 3,6 bilhões de dólares em todo o mundo, o produtor Jerry Bruckheimer e o estúdio Disney esperam agora renovar os "westerns".
Assim decidiram adaptar "The Lone Ranger", um justiceiro mascarado que nasceu no rádio em 1933, antes de estrelar, entre 1949 e 1957, uma série de televisão muito popular nos Estados Unidos.
O filme, que estreia nesta quarta-feira (3) nos Estados Unidos - e em 12 de julho no Brasil -, é a quarta adaptação para o cinema do famoso cavaleiro do Texas e seu fiel ajudante Tonto, um índio comanche interpretado por Johnny Depp com sua versatilidade habitual.
Depp assumiu a missão de supervisionar o aspecto visual de Tonto. Ele se inspirou em particular em uma pintura de Kirby Sattler para a maquiagem e o chapéu, um corvo com as asas abertas.
O papel principal foi atribuído a Armie Hammer, que ficou conhecido por interpretar os gêmeos Winklevoss em "A Rede Social".
O ator, no entanto, admite que não tinha muito conhecimento sobre o 'cavaleiro solitário'. "A única razão pela qual conhecia o cavaleiro solitário era que meu pai era fã. Ele gostava de assistir as reprises na televisão. Eu assisti algumas vezes com ele, mas tinha apenas noção de quem era o personagem", disse.
Fiel ao estilo das produções de Bruckheimer, o filme, mistura de western e ação, com um orçamento de mais de US$ 200 milhões, se vale de cenários abundantes, explosões, massacres e cenas espetaculares para contar a história do que levou o texano John Reid a trocar o terno de advogado por uma máscara e o chapéu branco de justiceiro anônimo.
Mais que o medo de interpretar um personagem adorado pelos americanos, foi o "senso de respeito" que motivou o ator. "Sei que este personagem representa muito para muitas pessoas", disse Depp
Hammer afirmou que adotou sem hesitar algumas características do herói, como "o respeito pela vida, a recusa a matar e um código moral muito rígido".
Mas para atrair os espectadores mais jovens, o público-alvo de Bruckheimer, foi necessário atualizar um pouco o personagem.
"Quando o "Cavaleiro Solitário" surgiu no rádio, saíamos da Grande Depressão (de 1929). E a série de televisão nasceu depois da Segunda Guerra Mundial, quando começava a Guerra da Coreia. As pessoas queriam um herói, queriam ligar a televisão e não ter medo, ver alguém fazer o bem, um bom herói e um bom americano", disse o ator.
"Isto não funciona para o público atual, que tem mais discernimento. Assim, quis torná-lo mais humano. Criamos um código moral, certo, mas ele o viola várias vezes. Queríamos ver sua luta contra o desejo de matar alguém ou contra algo que desejasse fazer, sabendo que não podia fazê-lo", explicou.
Para o ator, trabalhar com Johnny Depp e o diretor Gore Verbinski - da saga "Piratas do Caribe" e vencedor do Oscar pela animação "Rango" - também foi muito didático.
"Com Johnny aprendi a prestar atenção a tudo o que acontece ao meu redor e lembrar. E com Gore, aprendi que é possível fazer tudo, mas que isto às vezes pode exigir mais trabalho do que o previsto".
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