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Freeman diz que "A Batalha dos Cinco Exércitos" é bom final para "O Hobbit"

De Londres (Inglaterra)

09/12/2014 12h14

Com a estreia do épico, mas sombrio "O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos", o diretor Peter Jackson fecha mais uma trilogia baseada na obra de J.R.R. Tolkien. O longa, filmado em 3D, teve sua pré-estreia em Londres e, a partir desta semana, entrará em cartaz em todo o mundo.

A produtora não poupou esforços em Londres e fechou a Leicester Square para a ocasião, decorando e instalando telas gigantes para mostrar trechos do filme.

"É incrível compartilhar esse filme com os admiradores", disse à AFP o ator britânico Martin Freeman, intérprete de Bilbo, na ocasião. "É um final muito bom para a história".

"A Batalha dos Cinco Exércitos" é a terceira e última parte das aventuras de Bilbo Bolseiro e um grupo de hobbits em busca da reconquista do Reino de Erebor e um grande tesouro.

Peter Jackson havia previsto originalmente uma produção dividida em duas partes, mas cedeu à tentação de fazer uma trilogia, assim como em "Senhor dos Anéis", que obteve grande sucesso em suas estreias entre 2001 e 2003.

Como nas duas partes anteriores, "A Batalha dos Cinco Exércitos" oferece uma nova leitura de "O Hobbit", livro publicado em 1937 pelo autor britânico John Ronald Reuel Tolkien, quase vinte anos antes de "O Senhor dos Anéis", em 1954.

A partir do romance épico de fantasia, leveza e humor, escrito por Tolkien, o diretor neozelandês projetou uma viagem obscura, quase de tortura. O filme tem personagens que não estão no livro, como a elfa Tauriel, interpretada por Evangeline Lilly, protagonista da série de televisão "Lost", presente desde a segunda parte da saga.

"Para Tolkien, a publicação não contava a história completa", disse a produtora, que assegura ter se inspirado nas notas deixadas pelo autor para suas contribuições.

Trailer legendado de "O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos"

A trilogia mais cara da história

Rodado na Nova Zelândia, o filme tem início com o ataque ao povo do dragão Smaug, oferecendo duas horas e 24 minutos de ação quase ininterrupta, com grandes efeitos especiais.

Estas cenas foram uma oportunidade para que Benedict Cumberbatch, um dos atores britânicos do momento, pudesse realizar um exercício que está pouco acostumado, uma vez que o artista interpreta o próprio dragão.

Além de dar voz ao monstro, equiparam o ator com sensores para dotar o personagem de gestos mais realistas.

O longo terá estreia apropriada, logo antes das festas de Natal, e promete dominar a bilheteria, como fizeram as duas partes anteriores, com 2 trilhões de dólares arrecadados nas salas de cinema.

Suficiente para cobrir o custo excepcional da trilogia que, segundo o jornal britânico The Guardian, é o mais alto da história e totalizou 730 milhões de dólares.

Para Peter Jackson, que passou 16 anos filmando e produzindo seis filmes baseados na obra de Tolkien, este é, possivelmente, o final de uma longa aventura.

"A ideia de rodar um drama, com gente em uma casa, parece-me especialmente atrativa neste momento", brincou.