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Vilões digitais foram desafio para elenco de "Jack: O Caçador de Gigantes"

Ewan McGregor, Eleanor Tomlinson e Nicholas Hoult em cena de "Jack: O Caçador de Gigantes", de Bryan Singer - Divulgação
Ewan McGregor, Eleanor Tomlinson e Nicholas Hoult em cena de "Jack: O Caçador de Gigantes", de Bryan Singer Imagem: Divulgação

Ilana Rehavia

Do UOL, em Londres

29/03/2013 05h00

“Criar gigantes rápidos, esguios e malvados”. Foi com essa tarefa em mente que o Bryan Singer (“X-Men: Primeira Classe”) assumiu a direção do filme “Jack: O Caçador de Gigantes”.

O filme é uma releitura do conto infantil “João e o Pé de Feijão”, em que um jovem agricultor troca seu cavalo por uma porção de feijões mágicos. Mas os paralelos com a história original param por aí. Na versão que chega às telas brasileiras nesta sexta (29), a lenda foi transformada e o conto de fadas tradicional virou um filme de aventura com todos os elementos obrigatórios do gênero, como imagens 3D e geradas por computador.

Na nova história o agricultor, vivido por Nicholas Hoult (o menino de “Um Grande Garoto”, agora em versão gente grande), abre sem querer um portal para o mundo onde vive uma raça de gigantes malvados que estavam isolados havia séculos. Quando o pé de feijão cresce, a princesa Isabelle, vivida pela novata Eleanor Tomlinson, acaba sendo levada por acidente a essa terra de gigantes. Apaixonado, Jack se oferece para escalar o enorme pé de feijão e resgatar a princesa, ao lado de membros da guarda real comandados pelo capitão Elmont (Ewan McGregor).

“Elmont tem um elemento de humor, é um daqueles jovens oficiais cheios de boas intenções, mas que acabam estragando tudo na última hora”, diz McGregor em entrevista ao UOL.

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É um pouco frustrante nunca ser o galã, mas a maioria deles têm cabelos.

O careca Stanley Tucci, que usa peruca para interpretar o vilão de "Jack: O Caçador de Gigantes"

No centro da trama, Jack é um herói relutante, como costumam ser os mocinhos dos filmes de hoje em dia. Para Nicholas Hoult, o charme de seu personagem está justamente no fato de ele ser um cara normal. "Acho que é fácil se identificar com ele, aquele cara para quem a garota nem deveria dar bola, mas que acaba se dando bem”.

A garota, no caso, é a princesa vivida por Eleanor Tomlinson. Apesar dos cenários e figurinos medievais, ela é uma princesa dos tempos modernos, lutando contra a vida protegida da realeza para buscar sua independência e suas próprias aventuras. “Eu observei Kate Middleton, pois, como Isabelle, ela não consegue ter privacidade. Kate é seguida por paparazzi e seguranças onde quer que vá. Isabelle não gosta de ser seguida por seus guardas, mesmo que eles sejam belos como Ewan McGregor”, brinca a atriz.

Mas o romance entre Jack e a princesa Isabelle será dificultado pelo noivo da princesa, Lorde Roderick. Vivido por Stanley Tucci (“Jogos Vorazes”), o caricato vilão é uma das melhores partes do filme. “É um pouco frustrante nunca ser o galã, mas a maioria deles têm cabelos”, brincou Tucci, que é careca, comentando o fato de mais uma vez não ser escalado para o papel principal.

TRAILER DE "JACK: O CAÇADOR DE GIGANTES"

Vilões digitais
Os outros grandes vilões da história --literalmente-- são os gigantes. Gerados por computador, foram parcialmente responsáveis pelo orçamento de quase US$ 200 milhões do filme. “Cada vez que um gigante dá as caras em uma cena, lá se vão 80 mil dólares. É uma enorme pressão”, conta Singer.

A enorme estrutura construída para o pé de feijão, por sua vez, gerou alguns dos momentos mais difíceis na hora das filmagens. Pendurados em uma altura de cerca de 15 metros, com fortes máquinas de chuva, os atores contaram que passaram por lances assustadores, mesmo com o uso de equipamentos de segurança. “Imagine escalar com uma armadura, uma roupa de mergulho por baixo por causa da chuva, botas, armas e outros penduricalhos. Deu medo e me senti o próprio Homem Michelin”, conta McGregor, comparando-se ao mascote da marca de pneus.

"Jack: O Caçador de Gigantes" estreou no início de março nos Estados Unidos e já arrecadou uma bilheteria de 120,5 milhões de dólares em todo o mundo, em quase um mês de exibição.