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Em "Reino Escondido", Daniel Boaventura faz estreia em dublagem e vive primeiro herói da carreira

Mariane Zendron

Do UOL, em São Paulo

16/05/2013 05h00

O ator Daniel Boaventura, conhecido por atuações em grandes musicais e novelas globais, teve muitas primeiras vezes ao dublar o guerreiro Ronin na animação “Reino Escondido”, que estreia nos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (17).  O filme marca sua estreia em dublagem, sua primeira atuação como herói e a primeira vez que pôde assistir a um trabalho seu ao lado da filha Joana, de 10 anos.

Dirigido por Christian Wedge, diretor de “A Era do Gelo” e “Robôs”, a animação conta a história de uma adolescente, Maria Catarina, que é magicamente transportada para um universo secreto, e precisará da ajuda de vários seres místicos para conseguir salvar a floresta e o seu mundo de uma força maligna.

Em entrevista ao UOL, por telefone, Boaventura contou que ficou muito empolgado quando soube que seu personagem, o homem-folha Ronin, tem como missão proteger a floresta encantada da qual faz parte. “Ronin é um herói com todas as características: é líder, tem personalidade forte e é responsável por cuidar de seu povo. Isso me deixou muito mexido porque eu nunca tinha feito um herói em qualquer trabalho. Já tinha feito o anti-herói Gaston no musical ‘A Bela e a Fera’”.

O ator disse que o trabalho de dublagem é bem diferente do executado em novela e no teatro. “No começo, fiquei muito preocupado em sincronizar a fala com a ação e o movimento da boca do personagem, mas com o tempo foi ficando natural e mais verdadeiro”. Com sua característica voz grave, Daniel falou que deixou sua entonação o mais natural possível e que ficou feliz ao descobrir que Colin Farrell, que dublou o mesmo personagem em inglês, tem o timbre parecido com o seu.

Em dublagem, explicou Boaventura, o trabalho é bem mais imediato e o ator começou a emprestar a voz ao personagem duas semanas depois de receber o convite. “Em musical, você tem até dois meses para se preparar e em novela, o personagem ganha personalidade ao longo da trama”. O ator disse que o que ajudou muito foi ter dublado primeiro o trailer da animação. “O trailer nada mais é do que o resumo da história. Com ele, vi três momentos dispares do personagem e isso me ajudou a entendê-lo”.

Boaventura contou que quando se é pai, a emoção de dublar uma animação é ainda maior. Na pré-estreia que aconteceu neste sábado (11), em São Paulo, o ator estava na companhia da filha Joana, de 10 anos, que, segundo Boaventura, estava contando os dias para assistir ao filme.  “Foi uma experiência muito especial porque, pela primeira vez, sentei com a minha filha para ver uma coisa minha. Ela vibrava. Em um momento do filme, em que o destino do personagem era desconhecido, ela ficava me perguntando o que ia acontecer. Eu disse que não sabia só para ver a cara dela de surpresa”.

  • AgNews

    Daniel Boaventura assiste à pré-estreia do animação "Reino Escondido" com a filha Joana


O ator disse que a filha sempre acompanhou seu trabalho no teatro, mas ficou impressionada ao assistir à animação. “Ela olhava pra tela, olhava pra mim. A primeira vez que o Ronin falou, ela me olhou assustada. Foi bem legal”. Daniel tem outra filha, Isabela, de 4 anos, que ainda não viu "Reino Escondido" porque estava, segundo o ator, muito emburrada no dia da pré-estreia.