Vizinho de DiCaprio, Tobey Maguire foi convidado pelo ator para estrelar "O Grande Gatsby"
Nova York, primavera de 1922. Desejos mais profundos: seguir o sonho americano e a busca incansável por um amor impossível. Essa é a essência da história “O Grande Gatsby”, conhecida desde que F. Scott Fitzgerald a publicou pela primeira vez, em 1925.
Agora, Tobey Maguire (“Homem Aranha”) dá vida à nova versão do escritor Nick Carraway, narrador do livro e vizinho do milionário, festeiro, apaixonado e incompreendido Jay Gatsby, interpretado por Leonardo DiCaprio. Daisy, a grande paixão de Gatsby, é interpretada por Carey Mulligan (“Educação”). O filme, que estreia no Brasil nesta sexta (7), foi dirigido pelo cineasta australiano Baz Luhrmann (“Moulin Rouge - Amor em Vermelho”).
Pelos corredores do centenário e elegante Hotel Plaza, em Nova York, os atores revivem um pouco do glamour do século passado. Na entrada, o figurino do filme está exposto: vestidos Prada em tom pastel, chapéus com broches de diamantes Tiffany's, além de ternos masculinos, Brook Brother's. O cardápio dos restaurantes é inspirado na década de 1920; na loja, objetos que celebram a era dourada. É aqui, entre as paredes que já ouviram tantas histórias, que eles contam as deles.
Figurinos do filme "O Grande Gatsby" expostos no Hotel Plaza, em Nova York: vestidos Prada em tom pastel, chapéus com broches de diamantes Tiffany's, além de ternos masculinos, Brook Brother's
Tobey Maguire relembra como tudo isso começou: “Há muito tempo eu e o Leonardo estávamos querendo trabalhar juntos. Um dia ele me ligou e disse que tinha conversado com o Baz, que o cineasta estava na cidade, em Los Angeles, e falaram sobre fazer ‘O Grande Gatsby’. Disse que ele queria que eu fosse Nick e Leonardo, Jay, e perguntou se eu estava disponível para encontrá-los. Eu e o Leo éramos vizinhos na época e aceitei na hora. Mas eu nunca tinha lido o livro, estava em desvantagem”.
Maguire relata que, como desistiu da escola na sétima série, não chegou a ler vários clássicos da literatura americana e mundial. “Agora posso dizer que poder ler essa história e entrar fundo nesse personagem, nessa linguagem, foi incrível. Repeti essa leitura muitas vezes, foram 25 sessões para gravar as falas de Nick, lendo partes do livro”.
Nick é o narrador da história, alguém que vê o que se passa nos seus arredores e acima de tudo, não julga. A frase clássica do personagem é “Eu sempre tento ver o lado bom das pessoas”. “Também me inspirei na vida do próprio autor, Fitzgerald, pois Nick tinha várias semelhanças com quem o criou. Além de muito em comum, os dois queriam viver o sonho americano, que no caso era ser famoso e se realizar como escritor”.
O ator também revela que, na vida real, ele próprio tem um pouco do Nick e um tanto do Gatsby: “O Nick é pensativo e sempre esta consciente do que está construindo, além de gostar de estar conectado com pessoas interessantes. Gosto também disso de ele não querer julgar as pessoas e dá-las a liberdade de serem seres humanos. Já o Gatsby tem a ambição, quer conquistar o mundo e acima de tudo o amor de Daisy”.
Produção Australiana
O filme, apesar de retratar Nova York dos anos 1920, foi todo filmado na Austrália e teve, além da equipe de produção, quatro atores locais no elenco principal: Joel Edgerton (“A Hora Mais Escura”), Jason Clarke (“A Hora Mais Escura)”, Elizabeth Debicki (“A Few Best Man”) e Isla Fisher (“Os Delírios de Consumo de Becky Bloom”), que foi criada na Austrália e interpreta uma prostituta, apaixonada pelo marido de Daisy.
TRAILER DO FILME "O GRANDE GATSBY"
“Ele representa para ela a liberdade. Myrtle é materialista, está perdida, quer sempre mais, é oprimida. E com Tom (marido de Daisy) se sente poderosa, ardente e ele é para ela a realização do sonho americano. Ela é uma vítima e sabe que Tom nunca vai deixar Daisy. Eu acho que essa história era relevante há 90 anos e ainda é hoje. Isso que é incrível. Fala sobre as questões sociais, a sede pelo poder, ambições, obsessão por alguém”, diz Isla.
A atriz revela que tinha como um de seus próprios sonhos trabalhar com um dos diretores mais badalados do seu país, Baz Luhrmann: “Fiquei muito nervosa em fazer um filme tão grande, que muitas pessoas vão assistir, com muitos atores famosos, é muita pressão. Eu não sou uma atriz que faz filmes grandes então, em alguns momentos, chega a ser assustador”.
Essa mesma apreensão foi compartilhada por Carey Mulligan, que em 2010 foi indicada ao Oscar de Melhor atriz pelo filme “Educação”. A inglesa conta que ficou nervosa e completamente apreensiva, na hora de fazer o teste, no qual já teve que beijar DiCaprio. Depois se sentia “pequena” tendo atores como DiCaprio e Maguire atuando no mesmo set, mas logo acostumou. O que a espanta agora é vê-la estampando cartazes ao redor do mundo: “Eu nunca me vi antes em pôsteres enormes como estes, é estranho, surreal. Há um outdoor em frente ao meu quarto do hotel e em alguns momentos cai a ficha do tamanho do filme que eu fiz. É incrível, empolgante e também assustador.”
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