J.J. Abrams diz que queria fazer um "Star Trek" para leigos
Quatro anos depois do filme que reiniciou a franquia “Star Trek” e apresentou o mundo da Enterprise e seus tripulantes a uma nova geração de espectadores, J. J. Abrams volta ao universo criado por Gene Rodenberry, lá nos anos 1960, com a série de TV “Jornada nas Estrelas”. “Eu sou o rebooter!”, Abrams diz, rindo, enquanto posa para os fotógrafos na porta do hotel onde ele e seus atores estão se recuperando da pré-estreia, no dia anterior.
MAIS SOMBRIO E AMBICIOSO
"Além da Escuridão - Star Trek" começa acelerado e rapidamente envereda pelo rumo sombrio do título, que encobre até o confiante Capitão Kirk. "Ele era um cabeça-quente", comenta Chris Pine. "Mas depois de 15 minutos neste filme ele é a pessoa mais cheia de dúvidas". Zachary Quinto, o Sr. Spock também comenta que a sequência é ambiciosa. "Eu me lembro de ir lendo o roteiro e ficar cada vez mais empolgado, entusiasmado com a dimensão, a ambição do projeto", diz.
Escrito por Abrams e seu time de roteiristas de fé desde “Lost” --Damon Lindelof Robert Orci e Alex Kurtzman-- “Além da Escuridão - Star Trek” começa acelerado, passa um bom tempo na Terra do século 23 e rapidamente envereda pelo rumo sombrio do título, graças a um misterioso personagem interpretado por Benedict Cumberbatch, o Sherlock Holmes da série da BBC. “Quanto menos falarmos dele, melhor”, Abrams diz. “Ele é a grande surpresa do filme… Só vou dizer que Ben é um prazer no set, um tremendo profissional e uma pessoa maravilhosa.”
A carreira internacional do filme tem sido um enorme sucesso – uma estreia de mais de 70 milhões de dólares na bilheteria nos EUA e quase 380 milhões de dólares acumulados no mundo todo. Nesta sexta (14), o filme chega também ao Brasil.
Abrams conta ao UOL como é voltar à Enterprise.
J.J. Abrams e Chris Pine falam sobre "Além da Escuridão"
UOL - Quando você começou a pensar nesta segunda aventura da franquia, qual era a ideia mais importante, mais fundamental para você?
J. J. Abrams - Que o filme funcionasse sozinho, como um filme. Que, para apreciá-lo, não fosse preciso ter visto o filme de 2009, ou até mesmo alguma iteração da série de TV. Que uma pessoa que não fosse um trekkie pudesse apreciar. É claro que conheço muito bem os fãs de “Star Trek”, e sei o quanto eles gostam de expressar suas opiniões. Eu amo e respeito os trekkies e sei bem que sem eles nenhum de nós estaria envolvido neste projeto. Mas eu não podia fazer um filme só para os fãs. Se um fã da série notar todos os detalhes dos personagens, dos relacionamentos, das referências, e gostar… E reagir pensando “Ei! Eu vi isso! Eu conheço isso!”… Então ótimo! É meio um bônus. Mas era muito importante para mim, como realizador, abraçar este projeto como uma peça no gênero ação-aventura, e combiná-lo com um debate mais filosófico, intelectual, moral que estava na raiz da série original e que pode ser compreendido por qualquer espectador.
Havia algo em especial que você fazia questão de incluir no filme?
Eu queria que uma parte dele se passasse na Terra. Porque é muito fácil esquecer, negligenciar a Terra quando se trata do universo de “Star Trek”, e a Terra no futuro é algo que me fascina. Eu me lembro que no primeiro havia uma cena em que naves partiam de San Francisco e eu imediatamente pensei: Quero ver isso de novo, quero mais disso… Como San Francisco será no futuro? Neste filme, uma boa parte da ação está na Terra, em San Francisco, em Londres… Era importante para mim estabelecer a Terra do futuro para entender o drama em outros planetas… E computação gráfica, hoje, cria arquitetura maravilhosamente. Mesmo em Imax, é absolutamente perfeito.
Zoe Saldana e Alice Eve falam sobre "Além da Escuridão"
E aquele começo do filme… Como você chegou àquela escolha?
(Rindo) Foi uma ideia de todos nós, roteiristas. Todos nós temos uma ponta de inveja dos filmes de James Bond… Queríamos que o filme começasse a mil por hora, como se fosse o meio de outro filme que não chegamos a fazer… Ou ver… Igual a James Bond!
Onde você iria “audazmente, onde nunca foi antes”?
Ao futuro. Eu sou fanático por tecnologia, por gadgets, por soluções. Tenho uma tremenda curiosidade a respeito de tudo o que será possível no futuro. Especialmente na encruzilhada entre tecnologia e criatividade.
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