Wagner Moura comenta sucesso na estreia de "Elysium"
Homenageado com o Troféu Cidade de Gramado, o ator Wagner Moura falou neste sábado (10), na cidade gaúcha, sobre a boa estreia do filme “Elysium”, que conquistou a primeira posição nas bilheterias norte-americanas ao arrecadar cerca de US$ 11 milhões em seu primeiro dia de exibição, segundo estimativas da indústria dos EUA.
“Eu fico feliz. Recentemente escrevi um artigo para o jornal ‘O Globo’ em que dizia que não vejo muita diferença entre sucesso popular e pensamento crítico. O ‘Elysium’ é um filme sobre diferenças sociais. Não que fazer um filme que não tenha crítica não tenha importância porque fiz ‘O Homem do Futuro’, que era um filme divertido, mas a mim interessa essa mistura. Gosto de filmes que tenham um público grande e algo a dizer”, disse ele. Wagner ainda afirmou que espera que o sucesso do filme no Brasil seja o mesmo que ocorreu nos Estados Unidos. "Torço muito por ele".
O ator contou que foi chamado para interpretar seu personagem, Spider, responsável por levar pessoas clandestinamente para a terra de Elysium, porque o diretor Neill Blomkamp é um grande fã de “Tropa de Elite”. No início, Wagner não entendeu porque Blomkamp o queria na produção. “Há tantos atores latinos em Hollywood, mas depois entendi que o diretor queria atores que entendessem e que vivessem em países em que há diferenças sociais”.
Carreira nos Estados Unidos
O ator acredita que o sucesso do longa pode fazer com que receba novos convites para atuar em Hollywood, mas ele não quis falar em carreira internacional. “Sou um ator brasileiro e quero continuar fazendo cinema brasileiro. Filmar lá fora é de certa forma um recomeço, mas os critérios para querer fazer um filme lá são os mesmos que uso para filmar aqui. Quero projetos que me empolguem e me interessem”. Moura diz que adoraria filmar com Kléber Mendonça Filho. “Achei ‘Som ao Redor’ sensacional. Se Kléber me chamasse para um trabalho, eu aceitaria na hora e para fazer qualquer coisa”, garantiu.
Veja o trailer de Elysium com Wagner Moura
Protestos pelo Brasil
“Elysium” é uma ficção científica em que milionários se instalam em uma estação espacial luxuosa no ano de 2154. Com “Tropa de Elite”, o filme tem em comum a luta de classes. Bastante associado a filmes que abordam questões sociais, o ator também falou sobre as manifestações no Rio de Janeiro contra o governador Sérgio Cabral. “As manifestações fazem todo sentido. Sérgio Cabral ganhou popularidade por conta das UPPs [Unidade de Polícia Pacificadora] e criou-se um clima de euforia que eu mesmo, na época, estranhei. As UPPs são importantes, mas como primeiro passo. O primeiro passo foi dado que é entrar com segurança, mas agora precisa do hospital, do livro e da praça paras as crianças brincarem”.
Segundo o ator, fazem sentidos as manifestações em todo Brasil e não só no Rio. “O que aconteceu no Brasil foi inesperado, foi comovente. Eu achei lindo. É bonito ver as pessoas nas ruas. É uma tradição que a gente não tem. O efeito das manifestações no povo brasileiro foi muito mais importante do qualquer efeito pragmático”, disse.
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